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Embrapa terá R$ 1,45 bi para custeio e pesquisa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terá, em 2009, R$ 1,45 bilhão, 11,5% mais que no ano anterior. Os recursos foram garantidos pelo Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa, o PAC da estatal. Além da verba assegurada pela União, a Embrapa conta com recursos extra-orçamentários de origem pública e privada.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terá, em 2009, R$ 1,45 bilhão, 11,5% mais que no ano anterior. Os recursos foram garantidos pelo Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa, o PAC da estatal. Além da verba assegurada pela União, a Embrapa conta com recursos extra-orçamentários de origem pública e privada.

As parcerias firmadas com as empresas públicas estaduais e institutos de pesquisa renderam R$ 50 milhões à empresa em 2008. Já as pesquisas desenvolvidas com a iniciativa privada, renderam outros R$ 25 milhões à Embrapa. A maior parte desses R$ 25 milhões foi captada através de contratos fechados na área de sementes.

O diretor-presidente da Embrapa, Sílvio Crestana, ressalta que apesar da crise que já atinge o agronegócio brasileiro, os investimentos em pesquisa e contratação de pesquisadores estão mantidos “para atender a crescente demanda que recai sobre a Embrapa”. Segundo ele, uma das metas do PAC da Embrapa é a contratação de 1200 novos pesquisadores, “principal ativo da Empresa”.

A Secretaria-Executiva do Plano de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (SEP) é a responsável por articular e acompanhar a execução das metas estabelecidas pelo PAC. De acordo com Crestana, entre os projetos do Programa está incluída a modernização dos laboratórios e aquisição de máquinas agrícolas, por exemplo, além de aprimoramentos institucionais. “Estamos enquadrados em um modelo de 35 anos. Houve um engessamento da máquina e a conseqüente diminuição da flexibilidade de parcerias em setores estratégicos”, admite o diretor-presidente da Embrapa.

Para Sílvio Crestana, o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (SNPA) precisa continuar a ser revitalizado. “Se a gente quer transferir tecnologia, é necessário fazer a captação de novos extensionistas”, pontua. O SNPA foi criado ainda na década de 90 e há dois anos passa por reformulações.

Atualmente a Embrapa desenvolve cerca de dez tecnologias em fase de transferência para o setor produtivo. “Ampliação da produtividade, cultivares, manejos, sistemas integrados e ganhos na rota biológica” seriam as principais áreas de concentração dos estudos. Segundo o diretor-presidente da Embrapa, “a geração de soluções tecnológicas aumenta a eficiência do agronegócio”. A recuperação de áreas de pastagens, já em prática em algumas propriedades, pode aumentar os hectares agricultáveis no País – 50 milhões deles concentrados nas regiões de cerrado.

Para Crestana, os próximos desafios estão ligados à mudança climática e ao manejo da água, “commodity mais importante que o próprio petróleo”, na avaliação do diretor-presidente. Segundo ele, as mudanças climáticas vão protagonizar a tropicalização do mundo, “o que culminaria em um estresse híbrido e períodos de estiagem prolongada”.

A matéria é de Gilmara Botelho, publicada na Gazeta Mercantil, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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