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Empresa argentina entra no mercado brasileiro de vacina

Em 2009 o mercado brasileiro de vacina anti-aftosa contará com a argentina Biogénesis-Bagó, que anunciou ontem sua entrada no país. Há 30 dias, a companhia obteve a licença do Ministério da Agricultura para importar e comercializar o produto no Brasil.

Em 2009 o mercado brasileiro de vacina anti-aftosa contará com a argentina Biogénesis-Bagó, que anunciou ontem sua entrada no país. Há 30 dias, a companhia obteve a licença do Ministério da Agricultura para importar e comercializar o produto no Brasil.

Segundo o presidente mundial da companhia, Guillermo Mattioli, o produto destinado ao mercado brasileiro começou a ser fabricado há 15 dias na unidade argentina. A meta é comercializar 2 milhões de doses por mês já no próximo ano.

Reportagem de Érica Polo, do Diário do Comércio e Indústria/SP, informou que a companhia fabrica anualmente cerca de 200 milhões de doses da vacina polivalente e detém 30% do mercado latino-americano. O consumo gira em torno das 650 milhões de doses ao ano. “Abaixo do canal do Panamá, os países vacinam. As exceções são Chile, que não tem problemas com aftosa, e as Guianas”, contou Raul Moura, diretor-geral da Biogénesis-Bagó no Brasil.

A Biogénesis estima faturar entre US$ 90 e US$ 100 milhões em 2008, sendo que o Brasil representará 10% desse resultado. A vacina contra aftosa responde por 50% do faturamento global da empresa.

“Nossa intenção inicial é participar com 10% do mercado brasileiro num futuro próximo”, informou o diretor de marketing da Biogénises-Bagó, Sérgio Gomes Barros, em reportagem de Norberto Staviski, da Gazeta Mercantil.

Nos primeiros anos a vacina será totalmente importada da matriz, mas há planos de instalar uma fábrica no Brasil – um projeto de US$ 20 milhões em Anápolis (GO), onde já há um terreno reservado para a fábrica no distrito industrial.

Atualmente a Merial é a maior fabricante de vacinas para aftosa no Brasil, com detenção de 30% do mercado. A estimativa do Mapa para 2008 é de consumo de 398 milhões de doses. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o consumo da vacina vem aumentando no país. No ano passado, foram comercializadas 374,4 milhões de doses. Em 2006 esse número foi de 369,9 milhões de doses. O faturamento do setor em 2007 foi de R$ 2,4 bilhões. Para 2008 a estimativa de crescimento está entre 4% e 7%.

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