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Empresários paulistas investem na pecuária orgânica

Carlos Monteiro, diretor da Parmalat, e Geraldo Chama Júnior, engenheiro com atuação no mercado financeiro paulistano, resolveram iniciar seu próprio negócio, investindo na pecuária orgânica. Além da produção da fazenda no município de Alto Paraguai, 200 km ao norte de Cuiabá, os empresários querem se associar a outros pecuaristas para produzir em escala e vender para o exterior, onde acreditam que o produto orgânico terá mercado certo.

O plano inclui a construção de um frigorífico, para abater cerca de 100 animais ao dia, quando o projeto estiver a pleno vapor, já com o grupo de produtores formado. Para chegar a este volume, os empresários calculam que seja preciso um rebanho de 40 mil reses. A idéia é que a produção própria responda por 25% disso.

Os empresários programam investir cerca de R$ 10 milhões, incluindo a fazenda, formação das pastagens, compra do gado e frigorífico. Parte dos recursos será buscada no Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e outra parte foi contratada em um banco paulista.

A Fazenda Santa Maria da Serra, de 2,5 mil hectares, já foi comprada e os consultores contratados estão finalizando o projeto técnico de produção. Em um mês, as atividades podem ser iniciadas, diz Geraldo Chama Júnior. Apesar de ainda não estarem definidos todos os detalhes, a maioria dos animais será da raça nelore, além de alguns cruzamentos industriais, que serão alimentados em pastagens rotacionadas. O cronograma prevê que os primeiros abates ocorram dentro de dois a três anos. ‘Tudo será monitorado por certificadora internacional’, diz Carlos Monteiro.

Na produção orgânica, não se usa adubos solúveis ou agrotóxicos para as pastagens e os animais são tratados normalmente com fitoterápicos. No manejo, a ordem é garantir conforto físico e evitar tudo o que leve ao estresse dos animais. No mercado internacional, principalmente na Europa – traumatizada com o mal da vaca louca -, a carne de animais criados sem uso de produtos químicos pode ser vendida por, no mínimo, 20% a mais que o produto convencional.

(Por Francisca Medeiros, para Gazeta Mercantil, 10/04/01)

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