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Empresas investem em carne sustentável

Graças à pressão de ONGs que defendem a produção sustentável de carne, redes como Pão de Açúcar e Carrefour estão treinando seus fornecedores para que adotem normas sócio-ambientais na produção. Segundo a gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Lisa Gunn, a produção de carne nesses moldes ainda é ínfima, mas houve mudança na percepção das redes varejistas. "O desafio é fazer com que esses produtos saiam do nicho de mercado e estejam disponíveis para todos os tipos de consumidor", disse.

Graças à pressão de ONGs que defendem a produção sustentável de carne, redes como Pão de Açúcar e Carrefour estão treinando seus fornecedores para que adotem normas sócio-ambientais na produção.

No caso do grupo Pão de Açúcar, o treinamento de fazendeiros foi possível por meio de uma parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Instituto Ethos, que consumiu recursos de US$ 74 mil. O programa teve início em 2005.

Além de fomentar boas práticas nas fazendas, o programa focou no desenvolvimento da qualidade da carne, com rastreamento. “A melhora genética permitiu uma redução de 70% no teor de gordura da carne, o que tem atraído consumidores preocupados com saúde. O próximo passo é fazer uma identificação mais clara da carne sustentável nas lojas”, disse o gerente de desenvolvimento de carnes do Pão de Açúcar, Vagner Giomo.

As vendas desse produto são incipientes, mas já dão lucro – a linha faturou R$ 242 mil e já cobriu os custos com o treinamento. A meta, até o final do ano, é triplicar a produção e oferecer carne suína e frango com o mesmo perfil.

O Carrefour também adota, desde 1999, critérios de qualidade e responsabilidade social. O programa, batizado de Garantia de Origem, prevê acompanhamento e auditorias nas fazendas. O contrato exige que as propriedades estejam à frente da legislação brasileira em itens como respeito às leis sanitárias, ambientais e trabalhistas. Hoje, 40% da carne bovina comercializadas pela rede têm o selo que identifica o programa.

Até o grupo JBS Friboi lançou em 2004 uma linha-piloto de carne orgânica. Ela é oriunda de um grupo de 20 fazendas da região de Tangará da Serra (MT), que fornece exclusivamente para a empresa e cuja produção inclui cuidados com o bem-estar e a rastreabilidade. “Até 2010 nossa meta é que a carne orgânica represente 5% da produção”, informou o diretor de inovação do JBS Friboi, Antonio Zambelli.

Segundo a gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Lisa Gunn, a produção de carne nesses moldes ainda é ínfima, mas houve mudança na percepção das redes varejistas. “O desafio é fazer com que esses produtos saiam do nicho de mercado e estejam disponíveis para todos os tipos de consumidor”, disse.

As informações são do jornal o Estado de São Paulo.

0 Comments

  1. Antonio Donizete de Oliveira Junior disse:

    Quero parabenizar estas empresas que investem e acreditam numa produção mais sustentável, diminuindo assim o impacto ambiental na pecuária. Demonstrando a viabilidade e incentivando assim novas iniciativas por partes de outras empresa começarem à produzir de forma sustentável.

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