Encontro Nacional discute a produção de novilho precoce na Bahia

O VI Encontro Nacional sobre o Novilho Precoce, que acontece de amanhã até sexta-feira, no Fiesta Convention Center, em Salvador (BA), tem como objetivo organizar a cadeia produtiva do “gado jovem”. O evento vai abordar temas como exportação, situação da pecuária baiana e rastreabilidade.

O evento, que marca os cinco anos de vida do Programa de Novilho Precoce, criado pela Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), contará com a presença de pecuaristas de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, principais estados produtores do País.

A Bahia possui o sétimo maior rebanho do Brasil, com cerca de 9 milhões de cabeças – abatendo, em média, 120 mil animais por mês – , além de quase 15 milhões de hectares do pasto. Os criadores baianos estão buscando soluções através da troca de informações com culturas mais desenvolvidas.

O novilho precoce desperta o interesse dos criadores por apresentar características como abate mais rápido, carne com maior qualidade e aceitação garantida no exterior, mercado valioso depois da certificação obtida pela Bahia no final de maio de zona livre de aftosa com vacinação.

Os padrões que determinam se o animal pode ser classificado como novilho precoce varia entre os estados brasileiros. Na Bahia, o animal deve ter 30 meses de idade, possuir no máximo 4 dentes permanentes, ter o peso mínimo de carcaça de 210 quilos para o macho e 180 quilos para a fêmea, além de ter a cobertura de gordura de 1 a 10 milímetros e a carcaça de conformação convexa, subconvexa ou retilínea.

O programa está mais avançado no sul da Bahia. Um exemplo disso é frigorífico Frisa Nordeste, em Teixeira de Freitas – cidade onde recentemente foi criada a Associação dos Produtores de Novilho Precoce do Extremo Sul da Bahia (Assoprecoce) – , que tem a capacidade de abate de 130 animais por dia, sendo 65% de novilhos precoces. Por enquanto, a carne está sendo vendida pelo mesmo preço da carne dos animais com 4 anos, mas os produtores pretendem mudar essa realidade.

fonte: Gazeta Mercantil (por Flávio Novaes), adaptado por Equipe BeefPoint