Ed Hoffmann Madureira e Francisco Bonomi Barufi
Para maximizar-se o desempenho reprodutivo dos bovinos, é importante que se faça o acompanhamento do estado nutricional dos mesmos. Um dos indicadores que poderiam ser utilizados é o peso, que, entretanto, pode variar bastante de acordo com o tamanho dos animais. RICHARDS et al. (1986) estabeleceram um sistema de escores de condição corporal (de 1 a 9), por meio da identificação de certas características. Esse sistema é bastante viável, uma vez que nos permite detectar as mudanças que ocorrem nas vacas durante os diferentes períodos do ano e estados produtivos em que se situem.
A tabela abaixo apresenta as características principais para cada escore.
Implicações
A nutrição há muito tempo tem sido encarada como um dos principais fatores que interferem no desempenho reprodutivo. Aspectos científicos que embasam este fato vêm sendo estabelecidos, como por exemplo a ação da insulina e do IGF-I na fisiologia ovariana.
Um manejo que permita atingirem-se escores de condição corporal acima de 5 no momento do parto, possibilita um intervalo relativamente curto até a primeira ovulação. Vacas que estejam magras na parição terão dificuldade em retomar uma condição adequada, uma vez que há um direcionamento da energia da dieta para a produção de leite, e não para acúmulo de gordura.
Além disso, quando se utilizam biotécnicas como a inseminação artificial, sincronização de cio e transferência de embriões, deve-se proceder uma cuidadosa avaliação da condição corporal das vacas, já que a mesma está diretamente relacionada aos índices obtidos.
Fonte: RICHARDS et al. (1986). J. Anim. Sci, 62: 300 – 306