EUA: exportações registraram um recorde em 2010

As estatísticas de dezembro, divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e compiladas pela Federação de Exportações de Carnes do país (U.S. Meat Export Federation – USMEF), confirmam que 2010 foi o melhor ano para as exportações de carne bovina do país em termos de valor. O valor final total foi de US$ 4,08 bilhões, 5% a mais que o nível de antes de a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) ter sido registrada no país em 2003, de US$ 3,86 bilhões e, com relação a 2009, o aumento foi de quase US$ 1 bilhão. O volume total foi de 1,067 milhão de toneladas, um aumento de 19% com relação a 2009.

A recessão econômica global de 2009 foi particularmente difícil para as exportações de carne bovina – não somente para os Estados Unidos, mas para todos os países exportadores. Porém, apesar da queda geral na demanda global, a carne bovina dos Estados Unidos manteve ou aumentou sua participação nos principais mercados e ficou bem posicionada para uma recuperação em 2010.

O valor das exportações foi de US$ 153,09 por cabeça de gado abatido, que é 22% a mais que em 2009 e 12% a mais que em 2003. Quase 12% da produção total de carne bovina foi exportada, comparado com menos de 10% em 2009.

O México foi o único importante destino da carne bovina dos Estados Unidos que mostrou um declínio em 2010 e, mesmo esse mercado está mostrando uma melhora substancial. Para o ano, as exportações de carne bovina ao México caíram em 15% em volume (247.614 toneladas) e 10% em valor (US$ 819,1 milhões). Pelo terceiro mês consecutivo, as exportações em dezembro ao México excederam seu valor em 2009 – aumentando em mais de 15%, para US$ 83,6 milhões.

As exportações ao Canadá aumentaram em 7% em volume (153.177 toneladas) e 15% em valor (US$ 733,4 milhões – um novo recorde) com relação a 2009. O Canadá continua sendo o segundo mercado para a carne bovina dos Estados Unidos em volume e em valor.

O Japão é o terceiro maior mercado para a carne bovina dos Estados Unidos, mas está ganhando terreno rapidamente em termos de valor. Em 2010, as exportações ao Japão aumentaram em 36% em volume (124.561 toneladas) e em valor (US$ 639,5 milhões).

A Coreia do Sul representa uma das grandes histórias de mudanças em 2010, com as exportações mais que dobrando em volume (112.729 toneladas) e aumentando em 140% em valor (US$ 517,9 milhões).

As exportações à Rússia também dobraram em volume, para 57.453 toneladas, e quase quadruplicaram em valor, para um recorde de US$ 152,4 milhões. O aumento no valor foi devido a um grande aumento nas exportações de cortes de músculos à Rússia, que cresceram em mais de 500%. No entanto, as exportações de miúdos à Rússia também tiveram bom desempenho, aumentando em 26% em volume e 90% em valor.

Um cenário similar foi visto no Oriente Médio, onde as exportações de miúdos aumentaram em 19% em volume e 40% em valor, mas as exportações de cortes de músculo aumentaram em 87% e 113%, respectivamente. No total, as exportações à região aumentaram em 36% em volume (134.510 toneladas) e 77% em valor (US$ 261,2 milhões – um novo recorde).

Taiwan rompeu seu recorde anterior em valor das exportações em mais de 50%, alcançando US$ 216,3 milhões. O mercado deu uma desaquecida substancial em janeiro e fevereiro, entretanto, devido às restrições de acesso.

Apesar de um ano fraco para o Vietnã, a região da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN) registrou um valor recorde, de US$ 232,3 milhões, liderado por fortes resultados na Indonésia e nas Filipinas.

As exportações a Hong Kong também registraram um valor recorde, de US$ 158,2 milhões, um aumento de 87% com relação a 2009.

No primeiro ano completo livre de tarifas na União Europeia (UE), as exportações aumentaram substancialmente. Até novembro, as exportações de carne bovina de alta qualidade dentro da cota totalizaram 10.600 toneladas no valor de pouco menos de US$ 100 milhões.

As exportações de carne bovina dos Estados Unidos também registraram novos recordes nas regiões do Caribe e América Central e do Sul.

A reportagem é do site da USMEF, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.