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30 de setembro de 2011
Principais indicadores do mercado do boi – 30/09/11
30 de setembro de 2011

EUA: falta de um sistema de identificação animal poderá custar milhões à indústria

Os Estados Unidos e a Índia são os dois únicos importantes exportadores de carne bovina que não tem um sistema obrigatório de rastreabilidade. Argentina, Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Uruguai já têm.

As indústrias de carne bovina e suína dos Estados Unidos perderão milhões de dólares se o país não implementar um sistema de identificação animal que enfrente seus concorrentes nos mercados internacionais, de acordo com um estudo divulgado pela Federação de Exportação de Carnes dos Estados Unidos (USMEF, sigla em inglês).

O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Kansas, Universidade Estadual do Colorado e Universidade Estadual de Montana, avalia o potencial impacto econômico sobre os produtores e processadores dos Estados Unidos na evolução do pensamento sobre identificação animal e rastreabilidade nos principais mercados e dos sistemas de rastreabilidade que já foram instalados por outros países exportadores de carne bovina e suína.

Os Estados Unidos e a Índia são os dois únicos importantes exportadores de carne bovina que não tem um sistema obrigatório de rastreabilidade. Argentina, Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Uruguai já têm.

Financiado pelo Programa de Acesso a Mercados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o estudo mostrou, por exemplo, que as indústrias de carne bovina e suína do país perderiam US$ 1,8 bilhão e US$ 518 milhões, respectivamente, durante um período de 10 anos, se os Estados Unidos não expandirem a rastreabilidade doméstica. Confira o estudo completo aqui.

A reportagem é do site MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Estudo interessante. Vale a leitura.

  2. Janete Zerwes disse:

    Concordo com José Ricardo, vale a pena ler o estudo na íntegra.

    Também vale a pena refletir sobre a nossa posição, com relação a necessidade de um sistema de rastreamento bovino, para garantir mercados para a carne produzida no Brasil, e, evitar prejuízos como os que ocorrem nesse momento na industria da carne americana.

    Janete Zerwes

  3. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é…  
    A conversinha mole de sempre,  a industria deseja ter matéria prima de qualidade em quantidade disponível para suprir suas necessidades,  mas…  não deseja pagar aos produtores um centavo a  mais pelo produto entregue…  Tanto lá como aqui é a mesma tática…

    Apesar da  informação de que o estudo foi financiado pelo USDA,  difícil acreditar que interesses diversos não o "viciaram", afinal o USDA teve contestado e derrubado pelo congresso (por pressão muito forte dos produtores) o sistema anteriormente usado: NAIS … Acreditar que tal estudo não foi realizado por   "encomendada"  de "interesses contrariados" dos integrantes do velho "sistema", seria muita inocência … mais inocência  ainda, é acreditar que os   integrantes da tal "indústria exportadora"  não  fazem parte de tal grupo…

    Algumas "não verdades"  estão presentes no texto acima resumido pelo BeefPoint,  com certeza devem fazer parte do texto original,  são "não verdades" muito básicas para que se possa levar a sério tal estudo…  

    A maior "não verdade" está contida no paragrafo  que transcrevo a seguir:  
    (Os Estados Unidos e a Índia são os dois únicos importantes exportadores de carne bovina que não tem um sistema obrigatório de rastreabilidade. Argentina, Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Uruguai já têm).

    Não sei os outros países, mas o Brasil não possui sistema de "Rastreabilidade" … Ainda luta para implantar um "sistema de Identificação" não obrigatório, e que até o momento deu seguidas demonstrações de que não serve para nada: somente  drena recursos dos produtores para o conjunto de fornecedores de insumos de identificação e controle dos animais,  além de fornecer matéria prima de qualidade para a tal industria exportadora…

    Os embargos constantes a carne exportada por frigoríficos brasileiros  (ainda pendentes)   impostos pelos países importadores como a Rússia (principal cliente),  além de pelo menos mais 3 países ,  desqualifica a seriedade de tal estudo, principalmente quando menciona que o  "Brasil possui um sistema obrigatório de rastreabilidade"

    Países  não podem ser  responsabilizados  pelo que empresas privadas exportam…
    Ao Comprador / Exportador cabe definir claramente o quer:
    – especificar o tipo de animal que deseja,
    – especificar o tipo de manejo alimentar que deseja,
    – especificar o tipo de manejo sanitário que deseja,
    – especificar em que tipo de propriedade  tal animal deva ser produzido,
    – selecionar as propriedades aptas para atender suas especificações,
    – estabelecer um preço justo para o animal que lhe será entregue
    Direto, sem intermediários públicos entre quem produz e quem compra, para exportar  ou não…

    Simples assim!

  4. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro José Manuel de Mesquita,

    É verdade que o SISBOV é de adesão opcional. Mas o que é tratado pelo artigo são os impactos na economia americano da inexistência de um sistema de rastreabilidade obrigatório para atender o comércio exterior. E dai a possível confusão.

    Mas não concordo que o SISBOV seja apenas um sistema de identificação. Além de identificação e caracterização dos animais há rígido controle de movimentações animais, com validação de terçeira parte e fiscalização oficial, desde o instante em que os animais ingressam em uma propriedade certificada até que sejam abatidos ou desligados do sistema. E durante as vistorias de certificação e as auditorias oficiais vários aspectos sanitários e alimentares são checados pelos supervisores e fiscais. Certamente um grande avanço em relação a situação padrão.

    Já o envolvimento do Estado no processo é decorrente dos acordos sanitários internacionais assim exigirem. Nem que queiramos conseguiríamos conduzir um sistema com esta finalidade exclusivamente no âmbito privado.

    Mas concordo que há uma disputa entre frigoríficos e produtores sobre a divisão dos custos do processo. Frigoríficos querendo comprar animais rastreados pelo mesmo valor dos animais não rasteados e produtores querendo ser remunerados pelos custos adicionais.

    Entendo que enquanto a adesão ao SISBOV for voluntária os frigoríficos terão que pagar para obter o que desejam. O valor pode oscilar de acordo com a procura e oferta, mas se não pagarem nada mesmo produtores que aderiram ao SISBOV podem se recusar a fornecer a rastreabilidade de seus animais. Este é o jogo. E com a queda do real frente ao dolar as exportações de carne e o diferencial pago pelos animais rastreados certamente crescerão.

    Att,

  5. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Na mosca, JMM.

  6. Hudson Silveira disse:

    Não há dúvida que um sistema de rastreabilidade que funcione efetivamente é importante na cadeia da proteina animal, e tambem no futuro de outros alimentos conforme a cadeia fica mais complexa e as fontes, destes alimentos mais diversificada.

    Não há evolução neste caminho sem aumento de custos, para os produtores, indústria e consumidor final. Estes custos podem ser minimizados pelos ganhos em  tecnologia de produção, rendimento, novas tecnicas de processamento, ganhos administrativos, de impostos, que podem ser buscados no futuro proximo.

    A rastreabilidade tem um fator de segurança muito grande, em toda a cadeia e para alguns tem mais segnificado e importancia que outros, digo criadores, indústria, consumidor final.

    Na escala, o consumidor final ainda tem que aprender o que é isso e o que o beneficia em seu consumo, a industria é consciente que representa melhor controle nos processos, melhores mercados, melhores clientes ( que pagam a mais por isso para ter a rastreabilidade como uma garantia a mais de segurança e qualidade) e para os criadores que melhor podem controlar, gerir e em caso de doenças saber exatamente onde o problema acontece.

    A rastreabilidade é um controle onde a confiabilidade é muito importante, ou é confiavel , ou não é , não tem meio termo.

    Na America estao propondo um sistema um pouco aberto e sem padronização, posso estar errado mas não vai funcionar a contento.

    O nosso temos que ter um sistema mais confiável.

  7. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Hudson,

    A implantação de um sistema de "Rastreabilidade a nível Nacional", exigiria antes de tudo, a resolução de alguns problemas, bem maiores do que o tal "Sistema".

    Pelo menos  Educação Básica com alguma qualidade, teríamos que te-la em todo território Nacional, e não apenas nas capitais ou grandes cidades.  Sem este mínimo, não existe "cidadania", e sem ela todas as outras coisas perdem a importância.

    – Olhe o mapa, e veja o tamanho deste país,  veja ainda as diferentes culturas sócio-econômicas entre as regiões nele contidas, a diversidade humana nele existente, e os diferentes portes das propriedades produtoras de bovinos também nele existentes…

    Como falar em "Rastreabilidade a Nível Nacional", sem antes resolver a questão colocada no segundo  parágrafo?

    Qualquer tentativa de implantar um "sistema a nível nacional" sem antes resolver o problema da educação, é "armação" para beneficiar grupos de interesses mencionados em meu comentário de 02/10/2011.

    A possibilidade sucesso na atual circunstância para o assunto "Rastreabilidade", deverá passar bem longe do "ente estado", e deverá ser conduzida entre os segmentos envolvidos, ou seja quem compra e quem produz, seja carne, grãos, lácteos, legumes ou verduras…

    O interessado me diz o que quer, eu vejo se tenho condições de produzir de acordo com as especificações exigidas,  o interessado avalia se realmente possuo tais condições, e somente após isso o assunto andará livre do vício do "finge que faz, que eu finjo que acredito"…

    Veja ainda o assunto dos Embargos que temos sofrido nos últimos meses,  observe que até o momento, não nos explicaram de quais  propriedades vieram os animais que tiveram sua carne processada e enviada para os países que nos embargaram… E tudo isso sob o domínio de um sistema já existente, em que propriedades são avaliadas e certificadas antes de fornecer animais para abate e exportação…  Veja que estamos falando de propriedades e frigoríficos  localizados na parte  social-econômica  mais beneficiada deste país…  O que será que acontece nos locais menos favorecidos?

    Finalizando: Sem Educação e Cultura, não existe Cidadania e sem isso nenhum sistema funcionará adequadamente… principalmente se estiver sobre controle do "ente estado", recheado de  figuras importantes como as que temos visto nos noticiários políticos-policiais nas últimas décadas…

    Não sou pessimista como posso parecer,  mas como "ouço"  em vez de simplesmente "escutar", como" vejo" em vez de simplesmente "olhar" , me sinto na obrigação de "pensar"… e,  todas as vezes em que faço isso chego a mesma conclusão:  Sem Educação, Cultura e Cidadania, continuaremos ao sabor dos "espertos", que nos parasitam, e nós como povo, nunca sentaremos a mesa da prosperidade, pois ela já está totalmente ocupada pelos que insistem em nos manter longe da consciência necessária para produzir alguma mudança no atual cenário…

  8. Walter Magalhaes Junior disse:

    Concordo plenamente com o Mesquita, principalmente no que se refere à parte final de seu argumento.

    Somado a isto, acrescento ainda o seguinte: – A exigência de rastreabilidade para adquirir produtos importados está muito mais relacionada com aspéctos de insegurança dos órgãos de controle alimentar dos países europeus (compradores), muito principalmente quando estes produtos são oriundos de países tidos como "em desenvolvimento ou do terceiro mundo". Promovem estas exigências absurdas por não acreditarem que, nestas regiões do planeta, por falta de consciência interna e profissional, as empresas não são criteriosas o suficiente para oferecer produtos que não ofereçam perigo para os consumidores finais.

    Lembrem-se que os primeiros esforços relacionados com processos de rastreabilidade foi dirigido ao controle de procução dos produtos hortifrutigrangeiros, produzidos no norte da África e exportados para a Europa central.

    No meu ponto de vista estas exigência deveriam ser encaradas muito mais como uma ofensa a todo o setor industrial para o qual está sendo dirigida, do que, propriamente, uma alternativa mercadológica orientada no sentido de melhorar o processo competitivo.

    Portanto, conhecendo os EUA como o mundo conhece, conhecendo a seriedade com que as coisas são lá desenvolvidas, tenham certeza de que ninguém, jamais, haverá de cobrar dos produtores americanos, qualquer programa idiota de rastreabilidade de nada.

    O mesmo, certamente, não será feito com relação à Índia. Se são realmente um dos grandes exportadores de carne mundial, deverão enfrentar sérios problemas com respeito à programas de controle de qualidade. Isto porque, quem conhece a Índia deverá imaginar a razão…

    Como produtor fico até mais tranquilo com relação a tudo isso pois para mim pouco importa, sinceramente, para onde é que pode estar indo a carne do boi que estou produzindo. Afinal o preço do meu produto será sempre o mesmo, não é?

    Mas se eu fosse um empresário da indústria de transformação desse setor, eu, certamente, realizaria, envergonhado, um veemente protesto contra todas essas imposições.

    Tudo depende, no fim, de como queles que exigem veem ou percebem aqueles de quem são exigidos.

  9. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro José Manuel Mesquita,

    Sem dúvida a educação de um povo é o principal alicerce sobre o qual se constroi a longo prazo o avanço social e econômico de um pais. E inegavelmente ainda temos que melhorar muito nesta área para chegar ao nível ideal. Não há como não concordar com seu argumento.

    Mas mesmo concordando que precisamos acelerar nesta área perçebo que avançamos muito nos últimos dez anos. Hoje muitos das pessoas mais jovens, mesmo sem um educação formal adequada, tem uma familiariedade com computadores que era impensável a pouco tempo atrás. E muitos dos peões que trabalham conosco já conseguem operar softwares de coleta de dados e similares sem maiores dificuldades. Não acho que esta já seja a realidade de qq propriedade de pecuária no Brasil, mas é sim a tendência. E ptto não defendo uma rastreabilidade obrigatória e sim voluntária, onde cada um pode avaliar as suas condições particulares antes de decidir. Creio que se vc ainda estivesse na atividade pecuária tb estaria impressionado com o avanço ocorrido nestes dez anos.

    O que não podemos é nos entregarmos a paralisia. Praticamente todo mês promovemos diferentes cursos de capacitação de profissionais em nossas propriedades, gratuitos e em horário de trabalho, e recomendo a todos que adotem esta postura. Os frutos compensam.

    Temos que cobrar o Estado para que cumpra seu papel mas temos tb que fazer nossa parte. Por tudo que relata de sua experiência sei que concorda comigo.

    Att,

  10. Hudson Silveira disse:

    Caro Jose Manuel

    Obrigado por comentar minha resposta.

    Sem dúvida, o problema cultural existe e ele é o ponto de partida para tudo que fazemos.

    Esta é a grande diferença que outros países tem sobre o Brasil, a confiabilidade dos controles e processos.

    A imagem que o Brasil tem no exterior precisa ser melhorada, atitudes e um amadurecimento sócio cultural deve acontecer para melhorar esta imagem.

  11. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado José Ricardo,

    Gostaria que meu "escrito" fosse interpretado dentro do contexto em que foi formulado, ou seja "Rastreabilidade a Nível Nacional".

    A realidade mencionada por você sobre os avanços na educação "rural", se aplicam a região centro-sul, e eventualmente a região centro-oeste,  o resto infelizmente é  terra de ninguém…  

    É lógico que os interessados em produzir animais para exportação, terão obrigatoriamente que providenciar funcionários alfabetizados, e a maioria terá com certeza que passar por treinamento adicional, pois sabemos que tipo de conhecimento as escolas públicas passam a nossos jovens há algum tempo (sim existem excessões)…

    Também sei que algo melhorou nestes últimos 10 anos,  mas insuficiente para chegar próximo das necessidades do país…   Em 2.000 já montamos uma escola na propriedade por exclusiva falta de material humano alfabetizado para o trabalho no campo… e veja estou falando de Tres Lagoas – MS, na divisa com SP e praticamente dentro da região sócio-econômica mais beneficiada do país…

    Apesar de tudo isso, e das sucessivas versões do tal sistema produzido e gerenciado pelos órgãos do "ente estado",  estamos sobre embargos de pelo menos 4 países, e até o momento sem as respostas para  simples questões:
    – Onde foram produzidos os animais que tiveram sua carne exportada com resíduos de vermífugos?
    – Como carnes processadas por plantas fiscalizadas pelo SIF, chegam ao exterior contaminadas por bactérias?
    – Como Animais criados em propriedades com Certificação podem ser alimentados com resíduos e excrementos de aves, apesar de proibidos?  Como o frigorífico comprador não tinha conhecimento de tal fato?  E as punições para os envolvidos neste caso? Produtor, Certificadora,  Zootecnista e Veterinário responsáveis…

    Pois é… todos fingem não existir problemas,  se contentam com um mínimo para que continue tudo como está…

    A solução passa obrigatoriamente pelo afastamento do "ente estado", deixando o assunto a cargo dos envolvidos ou seja: Quem produz e quem Compra, Processa, Comercializa (interna ou externamente)…

    Resumindo:
    Países  não podem ser  responsabilizados  pelo que empresas privadas exportam…
    Ao Comprador / Exportador cabe definir claramente o quer:
    – especificar o tipo de animal que deseja,
    – especificar o tipo de manejo alimentar que deseja,
    – especificar o tipo de manejo sanitário que deseja,
    – especificar em que tipo de propriedade  tal animal deva ser produzido,
    – selecionar as propriedades aptas para atender suas especificações,
    – estabelecer um preço justo para o animal que lhe será entregue
    Direto, sem intermediários públicos entre quem produz e quem compra, para exportar  ou não…

    Simples assim!

    Abraço, saúde e sorte…

  12. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro José Manuel de Mesquita,

    Não quero absolutamente tirar seu comentário do contexto. Se o fiz peço desculpas.

    Também acho que ainda não existem condições de implantarmos uma rastreabilidade  obrigatória sofisticada para toda nossa pecuária.

    Por isto defendo o modelo de rastreabilidade voluntária, de implantação gradual. E tenho visto avanços maravilhosos de alguns agentes econômicos.

    Só não posso concordar com vc que este seja um assunto exclusivamente privado.

    A legislação sanitária internacional exige a chancela do Estado. É um assunto sim da esfera pública, no âmbito da saúde, como educação e segurança. E a rastreabilidade é completamente vinculada a este legislação sanitária, que pode facilmente ser verificada. Afinal estamos falando de  documentos públicos.

    Infelizmente não tão simples como vc desejaria, mas ainda assim um fato.

    O que pode sim ser da exclusivamente da esfera privada é o cumprimento de protocolos complementares, que envolvam outros aspectos do processo produtivo.

    Além disto no mundo do exclusivamente privado tb rola muita coisa errada. Acha mesmo que todos os males serão resolvidos se produtores e frigoríficos passarem a tratar o assunto sem intermediação?

    Att,

  13. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado José Ricardo,

    Tenho certeza absoluta de que o "ente" estado, não possui a mínima vocação, transparência, e a seriedade necessária para levar adiante tal projeto.

    Os frigoríficos tem sim capacidade para especificar o que desejam, são os responsáveis pelo que exportam, portanto tem ferramentas para cobrar dos
    fornecedores o cumprimento de qualquer "protocolo" acertado entre as partes, inclusive a responsabilidade da parte que não cumpriu o pactuado.

    O problema é que não desejam tal trabalho, pelo simples motivo de que também não desejam arcar com custo adicional algum,   para ter animais
    que atendam as especificações dos "clientes" estrangeiros ou não…

    O "ente" estado, tem dado seguidas provas de sua "não seriedade" no trato da coisa pública, menos seriedade ainda quando se envolve na coisa privada.

    Veja a qualidade dos ministros existentes, suas "trapalhadas" com os recursos de nossos impostos, e as consequências que recaem sobre nós (como cidadãos)…

    Já caíram 6, quantos ainda cairão?  e os projetos não criados, não gerenciados, não terminados… só desejam meter a mão no "caixa", é o preço da tal governabilidade,
    no balcão do poder, inciado no governo de suas altezas reais do  PSDB, e ampliado no governo dos sindicalistas do PT…

    teríamos mais chances  se todos ficassem fora, e nos deixassem trabalhar, sem interferências e sem apadrinhamentos…  

    Abraço, saúde e sorte…

  14. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Como cidadão também fico indignado com escândalos envolvendo políticos e funcionários públicos. E o Brasil de fato precisa avançar nos controles institucionais do Estado. Mas entendo que é muito melhor vivermos numa democracia, com eleições livres e liberdade de imprensa, do que as alternativas. Acredito que desvios ocorram em qq regime. A democracia é que melhor permite ajustes. E cabe a nós pressionar para que os culpados sejam punidos.

    Mas o que estou afirmando, com muito segurança, é que a legislação internacional atribui sim aos Estados um papel na gestão sanitária que não há como ser totalmente "privatizado" como você defende sem que estas leis sejam alteradas. Não é um negócio apenas entre produtor, frigorífico e distribuidor. O Estado cumpre o papel de garantir a segurança do consumidor. E particularmente não defendo que as leis vigentes sejam alteradas. Questão de saúde tem sim que ser atribuição do Estado. E ptto se a "vocação" do Estado brasileiro deixa a desejar precisamos aperfeiçoa-la.

    Att,

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