A secretária da Agricultura dos Estados Unidos, Ann Veneman, e os ministros da Agricultura do Canadá, Bob Speller, e do México, Javier Usabiaga, concordaram em “fortalecer os esforços realizados para aumentar o entendimento e a equivalência nas regulamentações” das medidas sanitárias para combater o mal da “vaca louca”, informaram autoridades mexicanas.
Segundo um comunicado divulgado pelos três países após o encontro de sexta-feira (16) em Washington, “chegou-se ao acordo de que manter a confiança dos consumidores de carne bovina é fundamental para o controle do mal da ‘vaca louca’ e isso continuará sendo um tema prioritário nas futuras discussões para promover uma metodologia internacional para a doença”.
O texto manifesta a existência de uma “alta integração obtida pela indústria de carne dos EUA, assim como a necessidade de avançar coordenadamente para poder tratar com eficiência o desafio regulatório e comercial da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB)”.
Os ministros concordaram em “desenvolver os incentivos globais apropriados para aprofundar o controle e erradicação das enfermidades e se preocuparão, entre outras coisas, em dar um tratamento justo e consistente aos países nos quais sejam detectados novos casos da doença”.
Também anunciaram que será designado um funcionário para coordenar “os esforços interministeriais com o objetivo de retomar as exportações”.
A Secretaria da Agricultura do México fechou as fronteiras do país à importação de carne bovina americana em 23 de dezembro, logo depois do anúncio de um caso da “vaca louca” em Washington. O país passou a importar carne bovina apenas do Chile, Austrália e Nova Zelândia e está em processo a certificação do Uruguai, cujo presidente, Jorge Batlle, obteve a garantia do presidente mexicano Vicent Fox de acelerar os trâmites burocráticos.
O México possui um rebanho de 27 milhões de cabeças de gado e importa 400 mil toneladas de carne bovina por ano, que vinha principalmente dos Estados Unidos e do Canadá.
Mais vacas
Agentes do Departamento de Agricultura dos EUA localizaram cinco vacas da raça Holandesa que fazem parte do grupo de 81 reses canadenses levado ao país no ano passado. Segundo um comunicado, com essas cinco, passa a 19 o número de vacas encontradas desde que foi descoberto o primeiro caso da doença em território americano, em dezembro.
Nove delas foram encontradas em uma fazenda da localidade de Mabton, onde foi descoberta a vaca infectada. As autoridades informaram que 129 vacas dessa propriedade serão sacrificadas e o exame em outras 28 teve resultado negativo.
Fonte: O Estado de S.Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint