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EUA: NCBA refuta estudo sobre impactos ambientais

O consumo médio de carnes no mundo deverá ser cortado em 10% para reduzir o já substancial impacto da produção pecuária nas emissões de gases de efeito estufa, de acordo com um novo estudo chamado "Alimentos, produção pecuária, energia, mudança climática e saúde". Os autores do estudo disseram que o consumo mundial de carne e a intensidade das emissões da produção pecuária precisam ser reduzidos para prevenir o aumento das emissões de gases de efeito estufa. No entanto, um porta-voz da Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina dos Estados Unidos (NCBA, da sigla em inglês), refutou essas afirmações e estatísticas do estudo.

O consumo médio de carnes no mundo deverá ser cortado em 10% para reduzir o já substancial impacto da produção pecuária nas emissões de gases de efeito estufa, de acordo com um novo estudo chamado “Alimentos, produção pecuária, energia, mudança climática e saúde”. Esse é o quinto estudo em uma série sobre Energia e Saúde publicada pelo jornal médico The Lancet, divulgado pelo SustainableBusiness.com. Essa medida também reduziria os riscos para a saúde associados com o consumo muito alto de carnes vermelhas, diz o estudo.

O consumo médio global de carnes é atualmente de 100 gramas por pessoa por dia, com uma variação de cerca de 10 vezes entre as populações de maior consumo e as de menor consumo. A meta global proposta é de 90 gramas por dia com não mais de 50 gramas por dia vindas de carnes vermelhas de animais ruminantes, disse o estudo. Os autores do estudo dizem que a atividade agrícola global, especialmente a produção pecuária, é responsável por aproximadamente “um quinto das emissões totais de gases de efeito estufa, contribuindo dessa forma para a mudança climática e suas conseqüências adversas para a saúde, incluindo ameaça à produção de alimentos em muitas regiões. Uma atenção política particular deveria ser dada aos riscos para a saúde apresentados pelo rápido crescimento mundial no consumo de carnes, exacerbando a mudança climática e contribuindo diretamente para certas doenças”, diz o estudo.

Os autores do estudo disseram que o consumo mundial de carne e a intensidade das emissões da produção pecuária precisam ser reduzidos para prevenir o aumento das emissões de gases de efeito estufa. No entanto, um porta-voz da Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina dos Estados Unidos (NCBA, da sigla em inglês), refutou essas afirmações e estatísticas do estudo. “De acordo com a Agência de Proteção Ambiental (EPA, da sigla em inglês), a agricultura dos EUA é uma fonte pequena de gases de efeito estufa, representando pouco menos de 6% das emissões anuais. O mais recente relatório da EPA sobre gases de efeito estufa mostra que a produção pecuária é responsável por menos de 3% das emissões anuais totais de gases de efeito estufa”.

Ao mesmo tempo, a produção pecuária pode fornecer importantes fontes de seqüestro de carbono no solo, energia renovável e outros compensadores dos gases de efeito estufa, continuou o porta-voz. “A indústria de carne bovina também usa uma quantidade considerável de subprodutos da alimentação humana, fibras e produção de bicombustíveis que seriam descartados se não fossem usados e se tornariam fonte de gases de efeito estufa dentro dos depósitos de lixo. De fato, a indústria de carne bovina tem de forma geral avançado ao ponto onde produzimos mais alimentos hoje com menos recursos ambientais já usados antes. E isso é cada vez mais importante considerando que 49 milhões de norte-americanos têm poucos alimentos, de acordo com um novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Acreditamos em avanços como esse que continuarão a fornecer a nossa crescente população proteína de alta qualidade, saudável e de preço acessível”.

A reportagem é do MeatPoultry.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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