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EUA: produção em confinamento emite menos gás estufa

A carne bovina produzida a partir de animais alimentados com grãos e com hormônios de crescimento produz 40% menos emissões de gases estufa e economiza dois terços mais terras para a natureza comparado com a produção orgânica a pasto, concluíram analistas do Centro para Assuntos Globais de Alimentos do Hudson Institute (Center for Global Food Issues - CGFI).

A carne bovina produzida a partir de animais alimentados com grãos e com hormônios de crescimento produz 40% menos emissões de gases estufa e economiza dois terços mais terras para a natureza comparado com a produção orgânica a pasto.

Para chegar a essas conclusões, analistas do Centro para Assuntos Globais de Alimentos do Hudson Institute (Center for Global Food Issues – CGFI) usaram modelos de produção de carne bovina do Centro para Agricultura Sustentável Leopold da Universidade do Estado de Iowa e as estimativas de emissões de gases estudas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC).

Mais de 95% da carne bovina produzida nos Estados Unidos é pelo sistema de dietas baseadas em grãos em confinamentos, usando hormônios de crescimento suplementares, tanto naturais como sintéticos. O relatório detalha os extensivos requerimentos de segurança humana e ambiental para o uso de hormônios em confinamentos, bem como o crescente número de estudos de monitoramento ambiental não mostrando impactos negativos significantes para seu uso. Ao invés disso, os dados mostram importantes benefícios ambientais deste sistema de produção: economizando dois terços mais terra para natureza e produzindo menos gases estufa por libra de carne bovina produzida.

O uso de hormônios na produção de carne bovina tem sido considerado seguro para humanos pela organização Food ans Drug Administration (FDA) dos EUA, Health Canada, Organização Mundial de Saúde (OMS), Comitê Codex Alimentarius da Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e uma conferência de toxicologistas especialistas estabelecida pela Comissão Européia de Agricultura.

A primeira análise comparou os custos da terra e as emissões de gases estufa de sistemas orgânicos de produção de carne a pasto com sistemas convencionais de criação a grãos. As descobertas foram particularmente relevantes devido ao relatório da FAO publicado recentemente estimando que a produção de carne bovina e de leite é responsável por 18% de todas as emissões humanas de gases estufa.

“Os consumidores conscientes com relação às questões ambientais que acham que a carne bovina de animais criados a pasto é mais sensível e sustentável em termos de meio-ambiente devem repensar suas compras de carne com base em nossas descobertas”, disse o autor da pesquisa, Alex Avery, que é diretor de pesquisa do Centro.

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