Neste domingo, desembarca no Rio Grande do Sul uma missão da União Européia integrada por técnicos da Alemanha, Espanha e Irlanda, que irá acompanhar o sistema de Defesa Animal no RS e os trabalhos realizados na região de Jóia, onde permanecerá até a quarta-feira, segundo informa reportagem publicada hoje no Correio do Povo.
Segundo o chefe do Serviço de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura no RS, Hélio Pinto, o grupo participou de um encontro com o coordenador nacional do Programa de Controle da Febre Aftosa, Jamil de Souza, em Brasília. “Possivelmente eles queiram visitar frigoríficos e fazendas, como estão fazendo agora em Mato Grosso do Sul.” Na sua avaliação, as notícias sobre o aumento da área livre da doença e a sanidade do rebanho brasileiro despertaram curiosidade na comunidade européia. “Com certeza, isso vai desembocar em uma abertura do comércio internacional para os nossos produtos em 2001.”
De Jóia, a missão seguirá para Santana do Livramento, sendo recepcionada em Rivera, por autoridades sanitárias do Uruguai. A Secretaria da Agricultura do RS também estará acompanhando as atividades da missão européía. Segundo o diretor do Departamento de Defesa Animal da SAA, Guiomar Bergmann, a missão deverá fazer visitas a frigoríficos, colhendo dados sobre abates e condições de higiene. “Normalmente comitivas como esta vêm também inspecionar se estabelecimentos locais estão ou não habilitados para o comércio internacional.”
A SAA recebeu ontem ofício do MA informando que a visita técnica que fará vistoria no rebanho argentino estaria confirmada para os dias 29, 30 e 31 deste mês. Integram a equipe técnicos do MA e do Centro Panamericano de Febre Aftosa. Também ontem, o secretário José Hermeto Hoffmann solicitou ao ministro Pratini de Moraes a inclusão de veterinários da SAA no grupo que irá à Argentina. O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul, Fernando Adauto, recebe hoje representantes da cadeia produtiva para formularem propostas ao governo gaúcho de maior rigor na sanidade animal. “Não adianta retirarmos a vacina do rebanho se não houver um sistema eficiente de prevenção contra a febre aftosa.”
fonte: Correio do Povo/RS