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Exportações de carne alemã enfrentam disrupções após caso de febre aftosa

As exportações de carne e laticínios da Alemanha para fora da União Europeia enfrentam severas restrições após a confirmação, na última sexta-feira, do primeiro caso de febre aftosa no país em quase 40 anos, informou o Ministério da Agricultura alemão.

As autoridades confirmaram o surto em um rebanho de búfalos-d’água nos arredores de Berlim. A febre aftosa provoca febre e bolhas na boca de animais ruminantes de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Nas últimas décadas, a erradicação da doença exigiu grandes campanhas de abate. Medidas para conter a doença altamente contagiosa, que não representa perigo para os humanos, estão sendo implementadas, disseram as autoridades alemãs.

A perda do status da Alemanha como país livre de febre aftosa, conforme os requisitos da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), significa que muitos certificados veterinários para exportação fora da UE não podem mais ser emitidos, afirmou o Ministério da Agricultura federal.

Como consequência, as exportações de leite e produtos lácteos, carne e produtos cárneos, peles, couros e produtos sanguíneos estão “atualmente quase impossíveis”, informou o ministério, acrescentando que “assume-se que países terceiros imponham imediatamente proibições sobre esses produtos da Alemanha”.

O objetivo imediato é garantir que a doença não se espalhe, disse o ministro da Agricultura alemão, Cem Oezdemir.

As exportações de carne da Alemanha para a UE provavelmente continuarão, uma vez que as regras atuais exigem a suspensão das exportações apenas da região de um país da UE diretamente afetada pela doença, afirmou separadamente um porta-voz do ministério da agricultura.

Alguns países, incluindo a Coreia do Sul, estão restringindo as importações de carne alemã, disse o porta-voz.

As autoridades de Berlim e Brandenburg anunciaram uma suspensão de seis dias no transporte de animais que podem transmitir a doença, enquanto as investigações sobre a causa do surto continuam.

O presidente da associação de agricultores alemães, Joachim Rukwied, pediu ações urgentes e intensivas para evitar que a doença se espalhe e cause prejuízos financeiros mais graves para os agricultores.

A doença ocorre regularmente no Oriente Médio e na África, em alguns países asiáticos e na América do Sul.

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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