As exportações de carne brasileira deverão crescer até 20% este ano, em função de novas áreas livres de aftosa, a serem anunciadas hoje pelo ministro da Agricultura e Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, segundo reportagem de Nelia Baldi, publicada hoje na Gazeta Mercantil. Com a decretação da zona, o País passará a ter 90% do seu rebanho (de 165 milhões) sem a doença. Será declarado livre o Circuito Pecuário Leste (Rio de janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe), além dos estados de Mato Grosso do Sul e Tocantins e as zonas-tampão (cinturão de proteção das áreas livres) de Goiás, Mato Grosso e São Paulo.
Com isso, essas áreas poderão ser reconhecidas pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), abrindo novos mercados para a carne brasileira. Em 22 de janeiro a comissão da entidade se reúne e a decisão deve ser referendada em maio.
Espera-se que o Brasil seja também beneficiado pela ocorrência da doença da vaca louca na Europa, podendo ocupar parte dos mercado europeus, entre eles, a Rússia. Além disso, foram feitos pelos frigoríficos e embaixadas, trabalhos de marketing para a abertura de novos mercados para a carne bovina, que também contribuirão para tal crescimento.
Em 2000, o Brasil exportou 600 mil toneladas de carne, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Para este ano, a média de incremento deve ser próxima a isso no volume e de 20% no valor.
Por Nelia Baldi, para Gazeta Mercantil, 10/01/01