Os exportadores brasileiros de carne bovina acreditam que as doenças no rebanho europeu favorecem o momento para a retirada do sistema de quotas que vigora na Europa para a importação do produto. O setor vem tentando reduzir as barreiras comerciais impostas pela Europa desde 1974, sem sucesso.
Para Enio Marques, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, o protecionismo transformou os europeus, antes grandes compradores, em exportadores de carne. Segundo Marques, a Europa vende 700 mil toneladas por ano de carnes no mercado internacional. No ano passado, o Brasil, que tem o maior rebanho comercial do mundo, previa colocar 600 mil toneladas do produto no mercado.
Histórico
A Segunda Guerra Mundial deixou o continente deficitário na produção de alimentos, tornando necessário subsidiar o campo para elevar a produção. A agricultura foi, na década de 60, a primeira política comum entre os países que hoje formam a União Européia.
Na década de 80, a Europa começou a produzir mais do que consumia, e para resolver esse problema de excedente, teve de passar a subsidiar também a exportação e a procurar novos mercados consumidores.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) uma lista de produtos brasileiros que têm dificuldades para entrar na Europa. Um deles é a carne, que está submetida a um regime de quotas distribuídas entre os países exportadores e entre os importadores europeus. Também constam na lista Da Secex açúcar, banana, frango e café solúvel.
fonte: Agrofolha, Folha de São Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint