Após um longo período de incertezas, finalmente está decidido que os animais terão seu lugar na exposição rural de Palermo, na Argentina. Porém, isso somente será permitido dentro de dois meses, quando, segundo as autoridades, o número de focos de febre aftosa começará a estabilizar-se. O governo chegou a um acordo na última terça-feira, dia 3, com a Sociedade Rural Argentina (SRA), que concordou em dividir em duas etapas a exposição agropecuária mais antiga do país.
Como aconteceu nos últimos 114 anos, será feita a abertura da feira, mas sem a presença de exemplares de bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Ficam fora dessa restrição os eqüinos e as aves de curral que, devido às circunstâncias, acabaram se transformando no centro das atenções da 115a edição de Palermo.
“É excelente que Sociedade Rural tenha chegado a essa solução, uma vez que, dessa forma, conseguimos nosso objetivo de reduzir os riscos e, ao mesmo tempo, a Argentina não perde a oportunidade de fazer essa mostra tão importante”, disse Marcelo Regúnaga, secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação da Argentina, na reunião que teve com o presidente da SRA, Enrique Crotto, e com os representantes das principais raças de animais do país.
Na realidade, Regúnaga convocou Crotto para oferecer o prédio do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), em Castelar, para que fosse realizada a exposição. A SRA tinha declarado que a data da exposição era inadiável, já que a cidade de Palermo já estava comprometida com outras exposições no mês de setembro.
A SRA vai expor, no final de setembro e início de outubro, todas as espécies susceptíveis de contrair a febre aftosa. A clássica inauguração oficial, que conta com a presença do presidente da República do país, será feita na primeira fase da mostra, que está prevista para o dia 4 de agosto.
fonte: La Nación, adaptado por Equipe BeefPoint