A queda no preço da arroba do boi gordo está preocupando muitos pecuaristas. Com o objetivo de diminuir o problema, a Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) está recomendando que pecuaristas segurem o boi no pasto, não aceitando os preços impostos pelos frigoríficos. Assim, pretende-se reagir para tentar regular a oferta de boi gordo para abate e conseguir uma melhor remuneração.
Segundo João Bosco Umbelino dos Santos, presidente da Faeg, há mais de um mês o pecuarista está recebendo entre R$ 39,00 e R$ 39,50 (US$ 15,00) pela arroba do boi gordo, enquanto a média para esse período de entressafra varia entre R$ 50,00 e R$ 62,50 (US$ 20,00 e US$ 25,00). Santos avalia que está havendo um movimento articulado pelos grandes grupos frigoríficos, com o objetivo de aviltar os preços pagos aos produtores e não transferir aos pecuaristas parte dos ganhos obtidos por eles com o aumento das exportações e a desvalorização cambial do real.
Ainda segundo Santos, nas últimas duas semanas a situação vêm piorando porque agora as indústrias estão, inclusive, concedendo férias coletivas e recorrendo, preferencialmente, ao abate de animais próprios para cumprimento dos compromissos de exportação, para evitar comprar boi gordo no mercado e assim pressionar os preços para baixo.
fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint