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FAO: índice de preço de alimentos sobe 6% em julho, milho subiu 23% devido à seca nos EUA

Por ora, a alta é considerada resultado de uma série de conjunturas climáticas desfavoráveis, como seca nos Estados Unidos, chuvas irregulares no Brasil e atraso nas monções (fenômeno climático que provoca chuvas intensas) na Índia.

O preço médio dos alimentos no mundo subiu 6% no mês de julho em relação a junho, depois de três meses de baixa. O sinal amarelo foi aceso ontem pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O aumento foi verificado na cesta de produtos básicos que serve de parâmetro para os relatórios da organização. Em julho, a alta interrompeu uma sequência de três meses de baixas contínuas, e elevou o índice da FAO a um total de 213 pontos, 12 pontos a mais do que no mês anterior.

Por ora, a alta é considerada resultado de uma série de conjunturas climáticas desfavoráveis, como seca nos Estados Unidos, chuvas irregulares no Brasil e atraso nas monções (fenômeno climático que provoca chuvas intensas) na Índia.

O dado preocupante é que o nível atual se situa próximo ao pico de fevereiro de 2008, quando ocorreram as “revoltas da fome” – as manifestações violentas em países como Burkina Faso, Senegal, Costa do Marfim, Mauritânia, Egito, Haiti, Indonésia, Filipinas e Camarões. Na época, o índice da FAO havia subido de 139 pontos para 219 pontos no intervalo de um ano, impulsionado por altas nos preços de cereais e de produtos derivados do leite.

Desta vez, os produtos que mais pesaram na balança foram o açúcar e os cereais. De acordo com as Nações Unidas, o açúcar teve alta de 12% em média em relação ao mês anterior, interrompendo uma baixa que se repetia desde março.

Outro fator importante na inflação no preço dos alimentos foi a perspectiva de quebra parcial da colheita de milho nos Estados Unidos por causa da seca, o que fez o produto subir 23% no mês de julho. O trigo também sofreu forte alta, de 19%, desta vez causada por problemas na safra da Rússia e pelo aumento da demanda para alimentação de rebanhos.

A boa notícia do balanço da FAO é a redução, ainda que pequena, em torno de 1%, do preço das carnes bovina e ovina e de aves. No caso dos derivados de leite, a queda chega a 16% desde o início do ano.

Fonte: jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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