Mercado futuro do boi gordo – 08-10-2014
9 de outubro de 2014
Atacado –08-10-14
9 de outubro de 2014

Faturamento com exportações de carne bovina acumula alta de 10% no ano – Abiec

A indústria de carne bovina brasileira vem mantendo o ritmo de crescimento ao longo de 2014 e já registra alta de 10,87% em faturamento com vendas externas e 7,09% em volume exportado entre janeiro e setembro, comparado com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o país exportou 1,164 milhão de toneladas ante 1,08 milhão de toneladas em 2013. As vendas em 2014 alcançaram US$ 5,3 bilhões contra US$ 4,7 bilhões registrados no ano anterior.

Hong Kong e Rússia continuam sendo os principais importadores da carne bovina brasileira, com crescimentos constantes ao longo do ano. O volume exportado para Hong Kong ultrapassa 293 mil toneladas, um crescimento de 9,12%, e o faturamento com as vendas para este mercado atinge mais de US$ 1,2 bilhão, com aumento de 15,43%. Já as vendas para a Rússia acumulam altas de 5,13%, com o envio de mais de 253 mil toneladas, e faturamento de US$ 1,06 bilhão, crescimento de 12,32%.

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A carne in natura foi a categoria de produtos brasileiros mais desejada pelos importadores em todo o mundo, atingindo um faturamento de US$ 4,307 bilhões nos nove meses de 2014, equivalente a um crescimento de 12,58% na comparação com o mesmo período do ano passado. O segmento de miúdos também apresenta variação positiva no ano, com um aumento de 11,21% em faturamento, registrando US$ 437 milhões em vendas.

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Se considerado apenas o mês de setembro, o destaque nas exportações fica para a Rússia, com aumento tanto em relação ao mesmo mês de 2013, quanto a agosto de 2014. Os números positivos já podem ser reflexos da habilitação de novas plantas para exportação, anunciada em agosto último, confirmando expectativas de crescimento das vendas para o mercado russo. Em setembro de 2014, foram enviadas para a Rússia 35,1 mil toneladas com faturamento de US$ 153 milhões. Com relação ao mesmo período do ano passado, os valores apresentam um crescimento de 12,99% em volume e 25,33% faturamento. Já em relação ao mês anterior – agosto de 2014 – o crescimento foi de 3,88% em volume e 4,38% em faturamento.

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O total exportado em setembro de 2014 apresentou uma ligeira queda se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Em faturamento, as exportações atingiram US$ 564,9 milhões, com uma redução de 9% ante setembro de 2013. Já em volume, foram enviadas 118,2 mil toneladas, uma queda de 16,33%.

“Mesmo com uma pequena retração nas exportações no mês de setembro, estamos confirmando a expectativa de crescimento constante ao longo do ano. Nossa perspectiva para os três últimos meses continua positiva”, afirma Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne.

Fonte: Abiec, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

2 Comments

  1. carlos massotti disse:

    Eu sugeriria um pouco menos de otimismo , pois no mundo real de vendas , vejo a situação muito difícil de alguns países – Russia : Situação terrível centenas de containers no porto sem desembaraço e sem pagamento do saldo – importadores queixando-se de falta de dinheiro pois muitos dos pre pagamentos e pagamentos feitos aos países que foram subitamente embargados AINDA não foram devolvidos – mercado interno russo de carnes preços em colapso em queda livre , numa quase repetição da crise de 2008 (palavras dias hoje por um importador russo ) preço de carne bovina do Brasil hoje segundo os compradores é IMPRATICAVEL -Hong Kong(exceto miúdos ) mercado parado preços baixos em função da oferta gigantesca de carne dos países banidos da russia que estão vendendo lá carne a qualquer preço – os preços brasileiros hoje lá em HK não são mais competitivos -Uniao Europeia em crise com preços em baixa -Egito não está podendo pagar os preços que precisamos e o volume está caindo a cada dia -Venezuela com os problemas políticos e econômicos que todos sabemos além da dificuldade em receber os pagamentos de lá – então pergunto qual a razão deste otimismo utópico ?
    Vemos aqui o preço da matéria prima nas alturas ( estão falando de boi a R$ 135 @ em SP ) e os frigoríficos não conseguindo repassar este aumento de custos aos preços da carne sejam nos mercados externo ou interno – resultado: matança muito menor do que a capacidade ,pouca oferta de carne ,,preços caindo consumidores de carne assustados (governo orientando a comer frango em vez de bovino) e o custo fixo do frigorifico cada vez mais alto – e dizem que a perspectiva para os últimos meses continua positiva ? Positiva para quem ?
    Senhores procurem ser mais realistas – conversem com o pessoal de vendas dos frigoríficos tomem pé da realidade que não é tao rósea como os senhores pensam -estas avaliações utópicas e fora do mundo real só fomentam a sede dos pecuaristas em segurar o boi e vender mais caro amanha -e eles não estão errados não – mas eles se baseiam nestas expectativas fora da realidade para formar o preço dos animais – mas se esquecem que são um só elo da cadeia e que sem os frigoríficos também não conseguirão sobreviver -não se esqueçam carne bovina tem substitutos não é alimento principal – proteínas animais existem ofertas de todo o mundo -não se deixem esquecer da crise de 2008 por favor onde muitos quebraram !!

  2. michel haddad disse:

    Atualmente o preço da arroba está no patamar de R$ 132,00 em SP, devemos ressaltar que, com o avanço da agricultura sobre as áreas de pastagem, o volume de gado diminuiu, principalmente mediante o abate de fêmeas – muitas fazendas acabaram com o rebanho em função do avanço da soja nos últimos 2/3 anos – assim a falta de gado no mercado é uma consequência dessa liquidez de plantel que houve. Além do preço da arroba, outro ponto importante da cadeia produtiva é a falta do bezerro no mercado, concomitantemente, em razão dos abates de vacas nos anos anteriores.
    Lembrando também que, um animal para ficar pronto ao abate, demora pelo menos 3 anos, principalmente se contarmos com o tempo de gestação. Assim discordo que o preço esta alto, pois não existe animais suficientes para atender o mercado.

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