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Frialto: assembléia é adiada novamente

A Assembléia Geral de Credores (AGC) do Frigorífico Frialto, remarcada para a manhã de ontem (10) em Sinop/MT, foi adiada para o dia 02 de dezembro, no mesmo horário e local. O adiamento foi proposto pelos credores bancários Banco Rural e Indusval Mulstistock, que pediram mais tempo para discutir a proposta apresentada pelo Frialto, e aprovado pelos credores presentes.

A Assembléia Geral de Credores (AGC) do Frigorífico Frialto, remarcada para a manhã de ontem (10) em Sinop/MT, foi adiada para o dia 02 de dezembro, no mesmo horário e local. Segundo o integrante da unidade jurídica da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Gilceu Luís Richetti, que acompanhou a assembléia, o adiamento foi proposto pelos credores bancários Banco Rural e Indusval Mulstistock, que pediram mais tempo para discutir a proposta apresentada pelo Frialto, e aprovado pelos credores presentes.

Marcada inicialmente para 10 de outubro, a assembléia foi adiada naquela data a pedido do próprio frigorífico, que apresentou no último dia 5 uma nova proposta de recuperação judicial. Mantendo basicamente as bases da proposta anterior, o plano mais recente apresentado pelo Frialto oferece aos credores estratégicos, categoria na qual estão os pecuaristas, condições preferenciais no recebimento dos créditos.

A proposta apresenta as seguintes formas de pagamento: os credores com crédito inferior a R$ 25.000,00 deverão ser pagos integralmente até 05 dias depois da homologação judicial do plano. No plano inicial, o prazo era de 30 dias. No restante, o plano se mantém com a mesma proposição. O pagamento integral dos credores cujo crédito é superior a R$ 25.000 estaria sendo proposto em até 35 meses após a homologação. E no prazo de até 59 meses, o Frialto pagaria integralmente os demais credores.

“Não nos sentimos contemplados com a proposta apresentada pelo frigorífico. A proposta dos pecuaristas e da Acrimat continua sendo a de pagamento à vista de R$ 100 mil e o saldo devedor dividido em 24 parcelas de no mínimo R$ 5 mil cada uma”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

Ele ainda ressaltou que os bancos precisam entender que boi não nasce em caixas eletrônicas e que por isso é necessário trabalhar em conjunto para que se possa encontrar uma solução. “Sabemos da importância dos bancos numa negociação como esta, mas eles precisam entender que sem boi o frigorifico não funciona e por isso a melhor saída é o trabalho em conjunto, em harmonia”, salientou.

São 1.203 pecuaristas credores de 12 Estados de R$ 95.041.779,12. A maior parte dessa dívida é com os pecuaristas de Mato Grosso, que corresponde a 50,37% do débito com R$ 47.874.301,27 a receber por parte de 49,37% dos credores, totalizando 594 pecuaristas, divididos em 37 municípios.

A divida com os demais Estados é a seguinte: Rondônia (RO) R$ 18.083.374,27 e 296 credores; Mato Grosso do Sul (MS) R$ 14.612.175,51 e 202 credores; Pará (PA) R$ 5.305.803,00 e 66 credores; Paraná (PR) R$ 3.443.563,42 e 21 credores; São Paulo (SP) R$ 3.875.460,03 e 18 credores; Minas Gerais (MG) R$ 135.186,17 e 2 credores; Santa Catarina (SC) R$ 678.463,01, e 1 credor; Goiás (GO) R$ 611,707,06 e 1 credor; Amazonas (AM) R$ 337, 069,81 e 1 credor; Maranhão (MA) R$ 46.732,17 e 1 credor; e Rio Grande do Sul (RS) R$ 37.943,40 e 1 credor.

A empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT), no dia 24 de maio. O grupo possui 8 unidades de abates em 5 Estados ( MT, MS, RO, SP, GO). Em Mato Grosso são 3 plantas, localizadas em Nova Canaã do Norte, Matupá e Sinop , e uma planta em construção em Tabaporã. A dívida total do Frialto é de R$ 564 milhões.

As informações são da Famasul e da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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