O Ministério da Agricultura reforçou a fiscalização da fronteira brasileira com o Paraguai e Argentina. Barreiras com vigilância sanitária foram montadas ao longo de toda faixa fronteiriça para evitar a entrada do vírus da febre aftosa em território nacional.
Paraguai
Na última terça-feira, os fiscais apreenderam na aduana local, um pequeno carregamento de carne sem documento de origem, possivelmente contrabandeada do Paraguai. Antes do recrudescimento do Ministério da Agricultura, toneladas de carne sem controle sanitário eram contrabandeadas para o Brasil, via Ponte da Amizade e Lago de Itaipu.
O principal problema enfrentado pelo Ministério da Agricultura para fazer o controle fitossanitário dos alimentos que entram e saem na fronteira do Brasil com o Paraguai é o grande fluxo de pedestres e veículos que trafegam pelo local. Na aduana brasileira, a vistoria é feita por amostragem. Menos de 10% das bagagens e cargas que entram e saem são fiscalizadas.
Paraná
A importação de gado paraguaio representa hoje o maior risco ao controle da febre aftosa no Paraná. Desde quarta-feira, a fiscalização sanitária foi reforçada na cabeceira da Ponte da Amizade, que liga os dois países. Nove fiscais – cinco a mais que o normal do efetivo – foram mobilizados para o controle. Antes do embargo, o Brasil era o principal mercado consumidor do gado paraguaio.
As suspeitas de contaminação do gado paraguaio no ano passado mobilizaram Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia a desenvolver ações conjuntas para erradicar de vez a doença, sob coordenação do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa).
Santa Catarina
Mauro Kazmierczak, diretor-técnico da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), determinou ontem, que a regional de São Miguel do Oeste monte três barreiras fixas na fronteira com a Argentina dotada de um ou dois técnicos por turno. Outras quatro unidades móveis deverão fazer o patrulhamento dos cerca de 100 quilômetros de fronteira. A Polícia Militar também deve auxiliar na operação.
(Por Patrícia Iunovich, para Paraná Online, e Darci Debona, para Diário Catarinense, 23/02/01)