A Organização Internacional de Epizootias (OIE), rebaixou o patamar argentino, em relação à aftosa, depois que o Brasil fechou as fronteiras ao país vizinho para a exportação de carne com osso. A Argentina passou à categoria de país livre da febre aftosa mas com vacinação regional, ou seja, a decisão afetaria as áreas nas quais o governo admitiu que precisará inocular o gado. Antes, o país ocupava o primeiro degrau na lista, como livre da doença e sem vacinação -certificado que havia sido obtido em maio de 2000.
Agora, os argentinos temem que, com o anúncio da OIE, suas exportações para os países do Nafta sejam suspensas. Estimativas mostram que as exportações a esses países deveriam chegar a US$ 200 milhões este ano, valor equivalente a mais de 30% do vendido pela Argentina.
No ano passado, entre agosto e dezembro, a constatação de focos de aftosa levou os EUA a bloquearem seu mercado para a carne local, situação contornada apenas em dezembro. No final daquele mês, os norte-americanos concederam uma licença especial para que fossem retomados os negócios, mas sua validade termina no sábado.
O plano de combate à doença, de acordo com o vice-presidente da Senasa (órgão responsável pelo controle sanitário), Eduardo Greco, resultará na vacinação de oito milhões de animais -16% do rebanho- em duas regiões. A primeira, incluiria todas as Províncias que fazem fronteiras com Brasil, Paraguai e Bolívia. A segunda abrange parte das Províncias de Santa Fé, Córdoba, Buenos Aires, La Pampa e San Luis.
O secretário da Agricultura, Antonio Berhongaray, afirmou que a decisão da OIE “era uma boa notícia” porque respeitava o princípio da regionalização. “Havia previsões pessimistas de que toda a Argentina iria perder seu status sanitário”, concluiu.
fonte: Folha de São Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint