Em março, será lançado no Mato Grosso do Sul o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose. Criado pelo Ministério da Agricultura, o projeto será executado pela Agência Estadual de Sanidade Animal e Vegetal (Iagro), que está preparando uma campanha de divulgação do programa. O Departamento de Defesa Animal enviará as regras detalhadas de operacionalização. As duas doenças estão presentes no rebanho bovino – de corte e de leite – por todo território nacional e podem ser transmitidas ao homem através do contato com animal ou pelo consumo de derivados in natura, como o leite. Um levantamento por amostragem feito em 1998, estima que o índice de contaminação da brucelose no rebanho do MS é de 6,3%. Já na tuberculose, a média nacional de animais infectados é de 1,3%, no período de 1989 a 1998. Os dados são do Ministério da Agricultura.
A adesão ao programa é voluntária e os estados têm até dezembro de 2003 para implementar as ações de vigilância sanitária para as duas doenças. “O produtor rural vai querer ter a comprovação de que seu rebanho é livre da brucelose e da tuberculose”, afirma Rubens Flávio de Mello Corrêa, gerente de Defesa Sanitária Animal do Iagro.
Diagnóstico da brucelose é detectado através do sangue, e a doença ser evitada com a vacinação, aplicação que deve ser feita por um médico veterinário, pois requer cuidados especiais no manejo. No caso da tuberculose, o diagnóstico é feito com base na reação do organismo à aplicação de um antígeno. Se confirmada a positividade para enfermidade – tanto brucelose como a tuberculose – os animais devem ser encaminhados ao abate em frigorífico inscrito no Serviço de Inspeção Federal (SIF) para dar tratamento adequado à destinação da carne e dos miúdos, que devem ser industrializados.
(Por Rosangela Valenta, para Gazeta Mercantil, 22/02/01)