O ministro britânico do Meio Ambiente, Michael Meacher, descartou ontem o uso de napalm para eliminar os restos dos animais sacrificados afetados pela aftosa. Dessa forma, limitam-se ainda mais as alternativas para enfrentar o avanço da epizootia no país, enquanto a administração de Tony Blair ratifica seu rechaço à vacinação preventiva.
Segundo um porta-voz do Ministério, “temos examinado o uso de aceleradores da incineração, como o napalm, e decidiu-se que, na situação atual, isso não seria benéfico”. Meacher havia levantado a possibilidade do uso de napalm anteriormente, a pedido do deputado Tam Dalyell.
Dalyell informou que o “napalm permitira que os corpos fossem incinerados em sessenta minutos, enquanto que as fogueiras convencionais demoram três dias. Devido à ausência de efeitos vaporizadores do napalm, não se produzem dioxinas que podem ser geradas na queima de corpos”.
Meacher informou que não vê problemas com no uso do napalm, devido à conotação ruim que a substância tem, por ter sido usada pelos norte-americanos na Guerra do Vietnã. “Estou disposto a estudá-lo. Se isso pode contribuir na redução de fogueiras em campo aberto, que já está reduzindo-se rapidamente, ficarei satisfeito em fazer uso dele”, disse Meacher.
As declarações do ministro foram produzidas em meio a uma forte polêmica gerada pelas consequências da queima dos corpos dos bovinos para o meio ambiente. Os pecuaristas levantam a possibilidade de que a fumaça das fogueiras contribuem para dispersar toxinas.
fonte: E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint