O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, disse que devem ser tomadas algumas medidas para “minimizar os estragos no mercado internacional”. Ontem pela manhã, cinco países já haviam suspendido as importações da carne brasileira: Israel, Arábia Saudita, Chile, Inglaterra e Rússia. À noite, depois de um contato do ministro junto aos mercados compradores, o Ministério da Agricultura informou que Israel e Chile reconsideraram a decisão de suspender as importações de carne bovina, com exceção dos produtos do Rio Grande do Sul. A mudança de decisão dos dois países é resultado de contato do ministro junto aos mercados compradores.
Pratini esclareceu que a Rússia adiará temporariamente os embarques de carne suína de Santa Catarina. Em abril, a Rússia importou do Brasil 28 mil toneladas de carne suína, sendo 70% provenientes do mercado catarinense. O país só voltará a comprar produtos da suinocultura catarinense depois que for esclarecido o aparecimento da febre aftosa no Rio Grande do Sul.
Frente à decisão gaúcha, de não sacrificar os animais doentes, o secretário de Agricultura de Santa Catarina e presidente do Fórum, Odacir Zonta, disse que não permitirá a criação de corredores sanitários no estado, para possibilitar o transporte de produtos gaúchos para outras regiões. “Todos os estados têm que por em prática as normas do programa, que é exterminar o gado doente. O Rio Grande do Sul não pode criar novas normas, se ele fizer isso irá se isolar”, afirmou.
Santa Catarina também não vacinará seu gado, com o objetivo de preservar o ‘status’ de área livre de aftosa, sem vacinação, e obter mercados internacionais para a produção de suínos. Zonta disse que o Rio Grande do Sul passará a ser tratado como ‘zona tampão’, assim como ocorreu com Mato Grosso do Sul em 1999, quando detectados focos no estado.
fonte: Agência Brasil, Zero Hora (por Carolina Bahia) e Gazeta Mercantil (por Ayr Aliski e Luiz Guimarães), adaptado por Equipe BeefPoint