Os resultados da produção animal no 3º trimestre de 2024 apontam que o abate de bovinos subiu 15,3% frente ao mesmo período de 2023 e 3,9% em comparação ao trimestre anterior, foi a primeira vez em que o abate de bovinos atingiu mais de 10 milhões de cabeças em um trimestre.
No 3º trimestre de 2024, foram abatidas 10,37 milhões de cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, foi a primeira vez em que o abate de bovinos atingiu mais de 10,00 milhões de cabeças em um trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 15,3% e em relação ao 2º trimestre de 2024, o crescimento foi de 3,9%.
Julho foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 3,59 milhões de cabeças, variação positiva de 22,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O abate de fêmeas teve alta de 19,6% em relação ao 3º período de 2023, ainda influenciado pela queda do preço dos bezerros no comparativo anual, enquanto o abate de machos subiu 12,5%. As exportações do trimestre atingiram novo recorde de 706,43 mil toneladas, aumento de 30,6% na comparação anual, com recordes para julho, agosto e setembro (SECEX/MDIC).
O abate de 1,37 milhão de cabeças de bovinos a mais no 3º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 25 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação nacional a partir de 1,0%, os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+291,70 mil cabeças), Minas Gerais (+185,73 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+178,35 mil cabeças), São Paulo (+168,29 mil cabeças), Pará (+136,21 mil cabeças), Goiás (+97,22 mil cabeças), Rondônia (+71,98 mil cabeças) e Bahia (+55,18 mil cabeças).
Em contrapartida, a queda mais expressiva, de 64,03 mil, ocorreu no Rio Grande do Sul, que ainda sofre os impactos da cheia ocorrida no fim do mês de abril.
Com 18,3% da participação nacional, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, seguido por São Paulo (10,4%) e Goiás (10,2%).
No 3º trimestre de 2024, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 10,55 milhões de peças de couro bovino. Esse total representa aumentos de 17,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 2,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior
O comparativo entre os 3os trimestres de 2023 e 2024 indica uma variação positiva de 1,57 milhão de peças no total adquirido pelos estabelecimentos. Foram verificados aumentos em 14 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações positivas mais expressivas, em estados com mais de 5,0% de participação na aquisição nacional ocorreram em Goiás (+719,87 mil peças), Mato Grosso do Sul (+194,17 mil peças), Mato Grosso (+127,37 mil peças), Paraná (+92,71 mil peças), Pará (+71,55 mil peças), Rondônia (+52,37 mil peças) e São Paulo (+30,73 mil peças). A principal queda ocorreu no Rio Grande do Sul, assim como no abate de bovinos.
Goiás seguiu na liderança da relação de UF’s que recebem peças de couro cru de bovino para processamento, com 17,4% da participação nacional, seguido por Mato Grosso (16,3%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).
Fonte: IBGE – Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Agropecuárias – Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha.
Nota: Os dados relativos ao ano de 2024 são preliminares.
Fonte: IBGE.