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IBGE: abate de vacas totaliza 39,2% no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2005 o IBGE mostra que foram abatidos 6,489 milhões de bovinos, indicando redução de 2,43% sobre o quarto trimestre de 2004 e um aumento de 8,67% sobre o primeiro trimestre daquele ano.

A categoria “Bois” foi a mais abatida no período, representando 45,51% do abate total de animais, vacas 39,19% e novilhos 15,20%. Observa-se ainda uma maior participação do abate de vacas do que a registrada no primeiro trimestre de 2004 (35,92%).

O abate de bois foi, no primeiro trimestre de 2005, de 2,953 milhões de cabeças. O abate de vacas foi de 2,543 milhões e de novilhos de 986,628 mil unidades. Com relação ao primeiro trimestre de 2004, as variações foram de 0,22%, 18,57% e de 12,95% respectivamente.

Relativamente ao quarto trimestre as variações foram de -12,55%, 18,15% e de -11,38% para bois, vacas e novilhos.

O peso total das carcaças de bovinos no primeiro trimestre de 2005 foi de 1,463 bilhão de quilos, aumento de 7,58% sobre o primeiro trimestre de 2004 e queda de 3,25% sobre o quarto trimestre de 2004. Por categoria, o peso de carcaça de bois foi de 768,259 milhões de quilos, vacas 480,465 milhões de quilos e novilhos 214,243 milhões de quilos. Sobre o quarto trimestre de 2004, todas as categorias com exceção de vacas apresentaram reduções no peso de carcaça. Com relação ao primeiro trimestre de 2004, a variação foi positiva para todas as categorias.

Os estados que mais abateram bovinos foram: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Na região Norte, destaque para o estado do Pará.

No mercado, a valorização do câmbio brasileiro intensificou-se no primeiro trimestre de 2005, principalmente em janeiro e fevereiro, levando muitos analistas ao questionamento de qual a taxa ideal para a economia, sob o argumento de se perder competitividade no mercado internacional.

Do lado do pecuarista, por sua vez, embora tenha muitos de seus custos produtivos alavancados pelos preços em dólar, pouco colheu os frutos do câmbio valorizado. Isto aconteceu porque os preços da suplementação mineral e fertilizantes, da mão-de-obra e do aço para cercas aumentaram no período.

Os preços alcançados no mercado mantiveram-se estáveis ou em queda em muitas regiões do país, sendo pouco remuneratórios sobre a atividade.

Este cenário pessimista tem desestimulado os investimentos e incentivado o abate de matrizes. O que ficou confirmado pelos dados da Pesquisa Trimestral do Abate, que constatou o aumento do abate de vacas.

O ano começou com a demanda por parte dos frigoríficos menor do que a oferta de animais para o abate. Num primeiro momento havia a expectativa de recuperação da atividade, o que foi logo revertido. A demanda por animais para o abate vinha reprimida desde dezembro último, tendo relação com a queda do volume de carne exportado naquele mês, devido os feriados de final de ano.

Em janeiro poderia haver a recuperação das exportações, o que foi acontecer somente em março e que pode ter relação com o câmbio. Janeiro foi marcado pela forte estiagem que acometeu o sul do país, afetando, sobretudo, o estado do Rio Grande do Sul e tendo impacto sobre a qualidade das pastagens. No mesmo sentido, houve o aumento da oferta de animais para o abate no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, pressionando ainda mais os preços.

Num apanhado geral do trimestre observou-se aumento em volume e em valor no primeiro trimestre de 2005 em relação ao mesmo período de 2004.

Fonte: IBGE, adaptado por Equipe BeefPoint

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