A China, maior consumidor de carnes do mundo, poderá dobrar as importações de carne bovina até 2018 à medida que os consumidores podem pagar para comprar mais produtos que consideram mais seguros e saudáveis, de acordo com o Rabobank International.
Segundo a analista de Pequim, Pan Chenjun, as importações podem exceder 500.000 toneladas, à medida que a produção doméstica não consegue suprir a demanda, além do mais, o consumo de produtos de carne suína processada aumentará mais de 10% ao ano.
Um ganho na demanda da China por carne de maior preço ajudará os produtores de carne bovina, incluindo Austrália e Brasil, e beneficiará processadores, como Tyson e Smithfield Foods, pertencente à Shuanghui International, de Hong Kong. Vale relembrar, que a China está buscando um acordo para retomar as compras de carne bovina dos Estados Unidos até julho de 2014 após essas terem sido proibidas em 2003.
“A China teve escassez estrutural de carne bovina após perdas em 2006 terem impulsionado os produtores a abater os rebanhos. Os crescentes preços dos grãos e o longo ciclo de produção de bovinos evitou uma rápida recuperação na produção” – disse Pan.
A China pode querer adicionar os Estados Unidos como um fornecedor para ajudar na diversidade de suas fontes. Assim, o país proibiu a carne bovina americana desde o medo gerado pelo surgimento de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no país em 2003. O país também está estudando remover a barreira à carne brasileira, disse o ministro da Agricultura, Antonio Andrade.
“Os consumidores comerão mais carne processada, porque uma vida mais urbana demanda conveniência, beneficiando Shuanghui e outras companhias estrangeiras que podem suprir os gostos dos consumidores chineses” – disse Pan.
Os gastos com produtos derivados de carne deverão aumentar mais de 10% no ano, nos próximos cinco anos, ultrapassando o aumento anual de 2% em volumes – indicando que as pessoas estão comprando produtos mais caros. Além do mais, como a China produz quase toda sua carne suína, será necessário importar mais milho e soja para alimentar os rebanhos.
Fonte: smh.com.au, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.