Grupo JBS conhece oportunidades em Santa Catarina
23 de agosto de 2011
Arroba do boi recua por pressão de oferta e consumo moderado
23 de agosto de 2011

Independência: credores aceitam suspender assembleia novamente

Com as alternativas de solução para as dívidas do frigorífico Independência chegando ao fim, os credores da empresa aceitaram ontem suspender novamente a assembleia que discutiria a venda de um bloco de ativos da companhia, conforme prevê o plano de recuperação judicial do Independência.

Com as alternativas de solução para as dívidas do frigorífico Independência chegando ao fim, os credores da empresa aceitaram ontem suspender novamente a assembleia que discutiria a venda de um bloco de ativos da companhia, conforme prevê o plano de recuperação judicial do Independência.

O pedido de suspensão foi feito pela paranaense Alfredo Kaefer Ltda., dona da Diplomata, que ofereceu R$ 250 milhões pelos ativos colocados à venda pelo Independência. O montante é bem inferior ao previsto no plano de recuperação judicial, que definiu que a venda dos ativos não poderá ser feita por menos que R$ 706,9 milhões, valor pelo qual as unidades foram avaliadas. O frigorífico busca alienar ativos numa tentativa de pagar parte de suas dívidas estimadas hoje em R$ 1,650 bilhão. A nova assembleia será dia 3 de outubro.

Segundo Thomas Müller, advogado da Alfredo Kaefer, a empresa “tem interesse em chegar ao valor da avaliação”, ou seja, aos R$ 706,9 milhões. “Sei que a angústia dos credores é grande, mas a eventual ausência de propostas [de compra] levará à falência”, disse à plateia de credores.

Müller disse que a intenção da Alfredo Kaefer é pagar os credores do Independência com o “resultado da própria operação”. A proposta inicial previa carência de três anos e pagamento em dez anos, sem diferenciação em relação ao tipo de credor. A nova proposta a ser negociada mantém a carência, mas o prazo e os critérios de pagamento ainda terão de ser discutidos com os credores.

Müller informou que a meta da empresa paranaense é operar inicialmente com 80% de capacidade de abate de bovinos das unidades à venda e alcançar uma margem Ebitda de 5,7% no primeiro mês de operação. Caso as metas não sejam atingidas e houver inadimplência, a Alfredo Kaefer pode ser executada, explicou.

Ele não vê como empecilho à aquisição dos ativos o não pagamento pela Diplomata de um dívida de US$ 65 milhões, no começo de 2009, referente a uma operação de pré-pagamento de exportação, que teve como agente o Law Debenture.

Os ativos colocados à venda pelo Independência são um abatedouro e um curtume em Nova Andradina (MS), um abatedouro em Campo Grande (MS), outro em Senador Canedo (GO), dois armazéns em Santos e Barueri, e quatro terrenos – em Juína, Pontes e Lacerda e Confresa, em Mato Grosso, e em Paraíso do Tocantins (TO).

A reportagem é do jornal Valor, por Alda do Amaral Rocha, resumida pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Anaurus Vinicius Vieira de Oliveira disse:

    Mais uma vez estivemos presente na AGC em São Paulo, e também mais uma vez o que presenciamos foi uma tramoia articulada pelo próprio Independência, no sentido de se ganhar mais tempo, como se este tempo fosse-lhe suficiente para minorar sua agonia de morte.

    O que o Independência e seus "parceiros" precisam entender de uma vez por todas, é que os pecuaristas deste amado Brasil mudaram, e já não são mais aquele povo desinformado que vive no mato, dando duro de sol-a-sol para lhes entregar sua produção e depois de ficar sem receber pela venda, ainda assistia pacificamente os donos de frigoríficos "quebrarem" de faz de conta para, logo depois aparecerem tocando o mesmo negócio mudando apenas de nome, e ostentando fortuna patrimonial adquirida com o suor alheio.

    O ilustre colega que esteve ontém na AGC, representando o Diplomata, que me perdoe, mas a aquisição de ativos do Independência por "laranjas" dos próprios donos não irá acontecer sem que haja o pagamento integral e imediato da dívida para com os pecuaristas, não se cogitando de forma alguma qualquer tipo de carência, pois se tem alguma caracteristica que o "povo da roça" que produz neste Brasil ainda não perdeu, é a da desconfiança ante a presença da chicana e do engodo.

    Se querem pagar pra ver, é só no próximo 03 de outubro, virem com a mesma enganação de até agora, e o placar de ontém – 55% a 45%, será pela inversão da ordem, não tenham dúvidas. Daí, é só não chorar o leite derramado.

  2. Louis Pascal de Geer disse:

    Eu continua a não entender porque o BNDES não entre e assim podendo neutralizar qualquer tentativa de tramoia por parte de quem que seja!

plugins premium WordPress