Pesquisadores isralenses anunciaram que a doença da ‘vaca louca’ pode ser identificada através de um simples exame de urina – o que pode evitar a doação de sangue por pessoas infectadas, além de prevenir o sacrifício de rebanhos sadios.
Atualmente, o único teste definitivo para detectar a encefalopatia espongiforme bovina (EEB) nos animais e a nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (nvCJD), que é a versão humana da doença, é a análise do cérebro após a morte.
“Os pesquisadores nunca tinham tentado analisar a urina porque eles achavam que, como não era possível a detecção pelo sangue, também não seria pela urina”, disse Ruth Gabizon, do departamento de neurologia da Universidade Hadassah, em Jerusalém.
A pesquisa, publicada na edição de junho do Journal of Biological Chemistry, indica que um teste de urina pode identificar o prion, que causa a doença, antes dos sintomas aparecerem. Amostras de urina de hamsters, bovinos e pessoas analisadas, mostraram-se infectadas pelo prion, mesmo antes de qualquer manifestação clínica.
“Nossa meta e nossa esperança é desenvolver um teste que possa ser amplamente utilizado para a detecção da doença. Dessa forma, será possível evitar o abate de rebanhos inteiros, por causa do aparecimento de um animal infectado”, disse Gabizon. Além disso, os pesquisadores disseram que esse exame pode evitar que pessoas infectadas doem sangue e órgãos, uma vez que, caso o exame de urina seja positivo, elas serão proibidas de fazer as doações. Pelo menos 100 pessoas na Inglaterra e na França contraíram a nvCJD, ao ingerirem carne bovina de animais infectados com a doença da ‘vaca louca’.
fonte: Agriclick, adaptado por Equipe BeefPoint