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Japão enfrenta problemas na distribuição de carnes

As carnes continuam entrando no Japão, mas lentamente e indiretamente, de acordo com observadores comerciais. Os postos da região de Tohoku e da província de Ibaraki estão inutilizáveis, com a carga sendo desviada para os portos de Tóquio, Yokohama e Chiba. Como esses portos estão ficando pressionados, a carga será eventualmente enviada para portos mais do sul, na área de Hanshin. "Devido à falta de combustíveis, será impossível transportar rapidamente bens para a área de Tóquio", disse o diretor executivo da Associação de Comerciantes de Carne do Japão, Tatsuo Iwama.

As carnes continuam entrando no Japão, mas lentamente e indiretamente, de acordo com observadores comerciais. Os postos da região de Tohoku e da província de Ibaraki estão inutilizáveis, com a carga sendo desviada para os portos de Tóquio, Yokohama e Chiba. Como esses portos estão ficando pressionados, a carga será eventualmente enviada para portos mais do sul, na área de Hanshin. “Devido à falta de combustíveis, será impossível transportar rapidamente bens para a área de Tóquio”, disse o diretor executivo da Associação de Comerciantes de Carne do Japão, Tatsuo Iwama. Várias cargas que chegam no local enfrentam esse mesmo problema, “não está limitado à carne”.

Além dos atrasos causados pelos desvios das cargas, não existem problemas específicos com a carne bovina importada, disse o diretor de projetos comerciais e comunicações da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF) Japão, Susumu Harada. “Existem rumores de que os preços da língua de qualquer origem estão agora enfrentando redução devido à falta de demanda na região de Sendai (capital da província mais afetada, de Miyagi), onde a língua é uma especialidade local”.

O gerente de mercado para Japão e Coreia do Sul da organização Beef + Lamb New Zealand, John Hundleby, disse que, até onde ele sabe, os produtos de carne da Nova Zelândia, estão sendo impedidos de desembarcar no Japão. “Entretanto, eu entendo que, como existem alguns navios que, por causa dos medos da radiação, estão se recusando a entrar na área de Tóquio/Yokohama, pelo menos parte dos produtos neozelandeses estão tendo que ser transportados através de portos vizinhos, como em Busan, na Coreia do Sul”.

Ele disse que as principais limitações para a carne bovina e outros produtos são as faltas de gasolina e de eletricidade. Segundo Hundleby, de acordo com a mídia, as três províncias mais afetadas pelo terremoto e tsunami, Miyagi, Fukushima e Iwate, coletivamente são responsáveis por 9,9% dos bovinos do Japão, 9,1% dos suínos e 18,4% dos frangos. Não foi reportada falta de carne, mas, aparentemente, mais produtos estão circulando. De 14 a 18 de março, houve uma queda de 28% no número de bovinos, mas um aumento de 38% no número de suínos manejados no Mercado Atacadista de Tóquio. O aumento no número de suínos resultou de animais sendo enviados de mercados da região de Tohoku, porque, devido aos danos ou falta de eletricidade, não puderam ser processados.

Durante o tempo em que os danos nos portos do Japão os tornem inutilizáveis, cargas de emergência serão transportadas pelo mar ou terra de áreas que não foram afetadas para áreas afetadas e vice-versa. Gasolina e outros combustíveis estão sendo enviados por caminhões-tanque para aliviar as faltas, disse o diretor de controle de riscos da divisão de administração de desastres e da cota do Ministério de Terras, Infra-Estrutura, Transporte e Turismo, Hiromi Kado.

Catorze importantes portos em cinco províncias japoneses foram danificados pelo terremoto de 11 de março, de magnitude 9 na escala Richter, e seguido por uma onda gigante que devastou a região de Tohoku, parte nordeste da ilha central do Japão de Honshu. Quatro dos portos estão em Ibaragi, quatro em Iwate, três em Miyagi, dois em Fukushima e um em Aomori. O desastre causou mais de 11.000 mortes e milhares de pessoas feridas ou desaparecidas.

Fazer com que o produto chegue a seu destino parece ser um grande desafio, particularmente nas partes distantes das áreas afetadas pelo desastre, disse o diretor de relações públicas da Associação de Transporte do Japão, Isao Nakashima. Essas áreas sofreram fortes quedas de energia, escassez de combustíveis e os telefones, dispositivos de comunicação e servidores de internet das companhias de transporte não funcionam. “Os telefones portáveis não funcionam bem e não há eletricidade para recarregar suas baterias”.

O diretor da Federação de Exportação de Carne Bovina do Canadá no Japão, Tomoshige Sakamoto, disse que, à medida que os produtos não podem ser retirados de seu armazenamento a frio, locais de armazenamento estão ficando lotados. “Isso está se tornando um problema”.

A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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