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JBS: banco visa financiar fornecedores de matéria-prima

Em julho do ano passado a JBS deu início às operações do seu banco, o JBS Banco, que tem em sua carteira de clientes, até agora, 400 pecuaristas. "No longo prazo, o banco pode diminuir o atrito entre produtor e frigorífico. O banco financia o pecuarista com o compromisso de que ele forneça os animais para abate pela JBS", explica Emerson Loureiro, diretor-superintendente do banco. O financiamento do produtor também é uma forma de o frigorífico JBS garantir matéria-prima e uma escala de abate de gado mais estável.

Em julho do ano passado a JBS deu início às operações do seu banco, o JBS Banco, que tem em sua carteira de clientes, até agora, 400 pecuaristas.

“No longo prazo, o banco pode diminuir o atrito entre produtor e frigorífico. O banco financia o pecuarista com o compromisso de que ele forneça os animais para abate pela JBS”, explica Emerson Loureiro, diretor-superintendente do banco.

A ideia inicial da instituição é dar crédito a pecuaristas por meio de Cédulas de Produto Rural (CPRs), com taxas variáveis que dependem do cliente, explica Loureiro. O criador recebe o empréstimo e paga com gado no vencimento do contrato.

Nesses primeiros meses de operação do banco, os financiamentos fechados tiveram prazos entre seis meses e um ano. Na prática, isso significa que os recursos emprestados aos pecuaristas – um total de R$ 100 milhões previstos até este mês – estão financiando a fase final de engorda do gado que será abatido em unidades da JBS.

O financiamento do produtor também é uma forma de o frigorífico JBS garantir matéria-prima e uma escala de abate de gado mais estável. A preocupação se justifica, já que a JBS sozinha abate, por dia, no país 18,9 mil cabeças de bovinos. Em tempos de baixa do ciclo de produção de gado como hoje, a possibilidade de garantir a oferta de gado também se torna um diferencial para o frigorífico no mercado.

Ao mesmo tempo, observa Loureiro, com o financiamento, o pecuarista obtém capital para intensificar sua produção. “Queremos incentivar quem tem expertise no negócio”, afirma.

A estimativa do JBS Banco é de chegar ao fim do ano com uma carteira de crédito de R$ 150 milhões.

Conforme Emerson Loureiro, até pelo fato de ser uma instituição nova, a inadimplência hoje no JBS Banco é “praticamente zero”. Além de pecuaristas, o banco tem entre seus clientes cerca de 100 pessoas físicas e gestores de recursos que aplicam em títulos como Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), papéis lastreados em CPRs, por exemplo.

Dentro das operações de financiamento, a expectativa do JBS Banco é emprestar também para o que vem chamando de projetos agropecuários, o que inclui melhoramento genético, reforma de pasto e armazenagem, por exemplo. Poderá também vir a oferecer crédito rural à medida em que tiver depósitos à vista provenientes de conta corrente e poupança.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Marcus Caldas Junqueira disse:

    Só pra entender… O pecuarista tem o gado que pra ele é um ativo e num “flert”com o banco do Frigorifico volta como passivo antes de morrer? Ele vende o gado a prazo, e pra receber avista desconta no proprio banco do frigorifico com taxas atrativas? E o pior é que ja tem investidor encarterando papel (LCAs) lastreado em CPR fruto de contrato a termo…..Ai aiai…. que… Deus nos acuda…… Daqui a pouco eles ressucitam a Reunidas Boi Gordo.

  2. Túlio Ferreira Caetano disse:

    Concordo contigo, Marcus Junqueira, que para o produtor ja estruturado, bem inserido na atividade, com capital de giro, esse banco não serve a nada!

    Esse produtor deve aderir é ao Movimento “So à vista” e ser feliz! Penso, no entanto, que pode ser positivo para uma pessoa como eu (22 anos, formando em agronomia, sem capital..), Não possuo gado nem o capital para adquiri-lo, quero iniciar meu negocio de engorda de bois, mas muito provavelmente não conseguiria um empréstimo no Banco do Brasil pra iniciar a atividade.

    Creio que neste caso o banco pode ser uma boa idéia. Agora, o que me faz deixar um pé atras é essa parte: “com taxas variáveis que dependem do cliente”. Imagino qual deve ser taxa de juros para meu perfil.

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