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Marfrig teve forte prejuízo em 2013

Mesmo com uma comemorada redução de perdas no quarto trimestre de 2013, para R$ 83,4 milhões, a Marfrig informou ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que encerrou o ano com prejuízo líquido atribuído ao acionista controlador de R$ 913,593 milhões, ante perda de R$ 223,902 milhões registrada no ano anterior.

Mesmo com uma comemorada redução de perdas no quarto trimestre de 2013, para R$ 83,4 milhões, a Marfrig informou ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que encerrou o ano com prejuízo líquido atribuído ao acionista controlador de R$ 913,593 milhões, ante perda de R$ 223,902 milhões registrada no ano anterior.

Conforme a empresa, o resultado foi determinado por uma variação cambial negativa que causou perda de R$ 590 milhões, sem efeito caixa, e por um resultado negativo (não recorrente) de operações com derivativos que, “embora tenham sido transferidas quando da venda das operações da Seara e Zenda – para a JBS – foi realizada”, ainda tiveram impacto.

O resultado financeiro da companhia, excluindo os efeitos cambiais, foi negativo em R$ 1,44 bilhão no acumulado do ano, 35% maior que em 2012. Segundo a Marfrig, esse crescimento, já esperado por analistas, refletiu um aumento das despesas com juros sobre empréstimos, o resultado com derivativos e maiores descontos financeiros oferecidos.

Mesmo com a venda da Seara e da Zenda para a JBS por quase R$ 6 bilhões, a Marfrig encerrou 2013 com um endividamento bruto consolidado de R$ 8,9 bilhões, ante os R$ 11,6 bilhões registrados em dezembro de 2012. Conforme as informações enviadas à CVM, 13% das dívidas vencem no curto prazo e 4% do total está em real. Após a transferência de 100% das linhas de endividamento envolvidas na venda da Seara, o índice de alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ficou em 3 vezes ante 4,3 vezes no fim de 2012.

Já a receita líquida total da Marfrig alcançou R$ 18,75 bilhões no ano, 13,5% mais que em 2012. O avanço foi determinado por um aumento de 14% nos preços médios dos produtos vendidos, já que os volumes comercializados seguiram praticamente estáveis.

Conforme a empresa, a divisão Marfrig Beef, que inclui os segmentos de carne bovina e ovina, respondeu por 46% da receita. A participação da Keystone, que fornece alimentos à base de proteína animal sobretudo para EUA e Ásia, foi de 29%, enquanto a da Moy Park, focada no mercado europeu de alimentos industrializados e carnes frescas à base de frango e peru, ficou em 25%. Na Marfrig Beef, o aumento da receita em 2013 foi de 14%, ao passo que o incremento da Moy Park foi de 18% e o da Keystone chegou a 10%.

Na Marfrig Beef, as vendas no mercado brasileiro registraram alta de 13% no ano passado, para R$ 4,029 bilhões. Já as exportações a partir do Brasil aumentaram 35% na comparação, para R$ 2,597 bilhões, enquanto a receita das operações internacionais (Argentina, Uruguai e Chile) da divisão diminuiu 5%, para R$ 2,031 bilhões.

A companhia informou que, no total, o custo dos produtos vendidos em 2013 cresceu 16% em relação ao ano anterior, para R$ 16,44 bilhões, influenciado por altas de 19% nos gastos com matéria-prima (grãos, animais e outros insumos), de 11% nos custos de mão de obra e de 5% na frente que envolve energia, embalagens e custos indiretos, entre outros itens.

Já os investimentos da Marfrig totalizaram R$ 810,6 milhões em 2013, 7% mais que no ano anterior. Os aportes em manutenção e expansão das unidades de produção foram de R$ 650,6 milhões, enquanto R$ 151,5 milhões foram gastos em renovação do plantel de matrizes.

Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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