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UE relutou em ampliar a cota Hilton ao Uruguai

O representante da delegação da União Europeia (UE) no Uruguai, Juan Fernández Trigo, assinou um relatório final da missão e enviou ao Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP).

Segundo Trigo, o relatório é muito favorável para o Uruguai e as observações são muito menores, enquanto que as conclusões são muito positivas. Trigo ressaltou que não podia revelar detalhes até que estivesse em mãos das autoridades do MGAP.

Trigo participou do evento “Europa brinda pelas carnes uruguaias”, organizado com o apoio do Instituto Nacional de Carnes (INAC).

A missão da UE  incluiu processos de certificação e produção de carne bovina para a tradicional cota Hilton – criada em 1979 e onde o Uruguai tem 6.300 toneladas que entram no bloco com 20% de tarifa, menor do que se cobra fora dela – assim como para a cota 481 para carne de alta qualidade, nascida no marco do litígio pela carne com hormônios entre UE e Estados Unidos. O Uruguai é o único que tem acesso dentro do continente à cota 481.

Por outro lado, a UE rechaçou o pedido do Uruguai de agregar 1.200 toneladas à cota Hilton em compensação pela entrada da Croácia ao bloco europeu. “O pedido feito à UE foi uma solicitação sobre a base do que mais convinha ao Uruguai”, disse o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Tabaré Aguerre,  que não teve êxito.

Mas, além do rechaço, a UE “trabalha a possibilidade de contemplar a carne congelada, que é algo que não muda muito, mas a partir de então, abre-se toda uma etapa de renegociação”.

Inclusive, durante o evento, o embaixador da UE falou a Aguerre sobre sua preocupação diante de algumas versões de que não se cumprirá esse ano com a totalidade da cota Hilton. “O Uruguai sempre cumpriu e esse ano cumprirá a cota Hilton, porque é um negócio muito bom ”, disse o ministro, buscando eliminar qualquer dúvida.

Dentro da cota Hilton, faltam cerca de 2.700 toneladas. A data em que vence a cota anual é na primeira semana de junho.

“O Uruguai é o oitavo exportador de carne do mundo e tem um êxito no mercado europeu especial, fundamentalmente por essas coisas que aproveita, como a Hilton e a cota 481, que permitiram que se apreciem suas carnes”, disse Trigo. Ele também se mostrou surpreso, porque o Uruguai exporta mais carne que a Argentina atualmente.

Aguerre disse que o Uruguai ocupou espaços não somente quando estavam disponíveis, mas também, soube mostrar diferenciais em genética, em sistemas de produção, em sanidade animal e em rastreabilidade.

Por isso, ele lembrou que é o único país que tem um sistema de rastreabilidade eletrônica e obrigatória, desenvolvido como um bem público que está garantindo todo o processo de certificação, desde a idade do animal, passando por todos os protocolos sanitários, até chegar à carne.

Segundo ele, o setor rural do Uruguai mostrou uma história de inovação. A primeira, foi a genética, onde as raças britânicas foram a base da pecuária e da economia da agropecuária moderna do país.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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