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29 de julho de 2009Margen propõe mudança no plano de recuperação
O frigorífico Margen deve apresentar esta semana, na primeira assembleia geral de credores, uma proposta de modificação do seu plano de recuperação judicial. Assim como o Independência,o grupo propõe a criação de uma nova empresa, a NewM S.A., outra mudança é a saída da família do controle da empresa. Assim os credores, em grande parte instituições financeiras, se tornariam sócios da nova empresa.
O frigorífico Margen deve apresentar esta semana, na primeira assembleia geral de credores, uma proposta de modificação do seu plano de recuperação judicial. Assim como o Independência,o grupo propõe a criação de uma nova empresa, a NewM S.A., outra mudança é a saída da família do controle da empresa. Assim os credores, em grande parte instituições financeiras, se tornariam sócios da nova empresa.
O advogado Murillo Lôbo, coordenador do projeto de recuperação do Margen, afirmou que a escassez de recursos para capital de giro da empresa e a ainda apertada oferta de gado bovino para abate no país levaram a companhia a registrar prejuízo no primeiro semestre deste ano. “Mesmo trabalhando sem dívidas [o pagamento foi suspenso com a recuperação judicial], o resultado da operação é prejuízo”, afirmou o advogado. “Esperávamos um prejuízo de R$ 10 milhões para o ano, mas isso já aconteceu no primeiro semestre”, acrescentou.
Se as alterações forem aprovadas, a nova empresa teria o controle dividido com os credores. Segundo Lôbo, haveria duas classes de ações, as ordinárias (80% do capital) e as preferenciais (20%), sem direito a voto. A atual controladora ficaria com 45% das ações ordinárias e as instituições financeiras, 35%. Os outros 20%, de ações preferenciais, seriam assim divididas: 10% para os quirografários (credores sem garantias) e os demais 10% em tesouraria, reservados para créditos que venham a ser reconhecidos judicialmente.
Para pagamento dos créditos dos pecuaristas (R$ 20 milhões), o plano é emitir debêntures, que poderiam ser convertidas em ações preferenciais da NewM, segundo o advogado.
O plano prevê, ainda, a paralisação das atividades em carne bovina, com empresa focando negócios na carne suína. Para isso, a ideia é incorporar a seu patrimônio a unidade de suínos de Rio Verde de Mato Grosso (MS) e devolver todas as plantas atualmente arrendadas – Xinguara (PA), Colinas (TO), Nova Olinda (TO) , Pimenta Bueno (RO) – , exceto a de Cezarina (GO) e as granjas de Varjão e Jataí, também em Goiás. “O plano é que o Margen atue em suínos, numa estrutura menor, muito enxuta”, explicou.
Regras mais rígidas de governança corporativa também estão na proposta da NewM. “Haverá forçosamente uma profissionalização”, disse o advogado. Segundo ele, os sócios Geraldo Prearo e Mauro Suaiden vão para o conselho de administração da nova empresa, que terá oito membros. Os demais serão representantes dos credores/acionistas.
Se aceito, acredita Murillo Lôbo, o novo plano preservará a empresa e será uma solução para os credores. “A NewM já nascerá com capacidade instalada de 4.900 animais por dia e irá buscar parcerias com novos investidores e players do setor para iniciar as suas operações tão logo as condições de mercado estejam mais favoráveis”, afirma o texto da proposta de modificação.
O advogado diz que a intenção é que a nova empresa seja atrativa para investidores, por isso a reestruturação é necessária. A possível venda do controle, no futuro, também não está descartada.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
10 Comments
Se não fosse comico diria que esse fato é até engraçado..moro aqui em barra do garças e não sei se foi assim nas outras unidades..mas na unidade daqui de barra do garças só foram realizado os abates com gado do próprio grupo margen oriundo da região de canarana e da região de ribeirãozinho..então deu pra abater um pouco desse prejuizo ..ou não?
Realmente é de rir.
Na atividade de décadas (bovinos) que eles conhecem muito bem, sem pagar as dívidas, ainda tinveram um prejuízo de dez minhões num semestre, aliás o melhor semestre, pois o segundo tem toda época de estiagem pela frente…
Aí vem propor uma reestruturação sem pé nem cabeça, num setor que nem conhecem e que está dominado mais do nunca pela Brasil Food (Perdigão e Sadia), que chances terão de sucesso? Qual produtor ou credor que terá interesse em debêntures dessa empresa? Aliás nos nomes sempre em inglês, nem patriotismo tem.
Falar em abate de suíno em Rio Verde – MS é pra acabar. Na região não tem porcos nem para a Aurora que está em São Grabriel a anos e já fez um brilhante trabalho. Eles mesmos estão apreensivos com a abertura da Sadia em Lucas do Rio Verde – MT, que vai pegar suínos desde Diamantino – MT e tirar uma fatia de seus fornecedores mais distantes.
Se a empresa não consegue se pagar mesmo sem estar pagando suas dívidas, como fará quando terá de recolher as parcelas? Melhor vender e ratear o prejuízo para todo mundo. Mas essa é a nossa lei de falência… Não podemos esquecer os mais de 160 mi de impostos não pagos, quando denunciados pelas investigações da PF, onde está aquele dinheiro?
Crises todas as empresas estão passando, mas só as bem intencionadas devem ter respaldo da justiça para continuar, como é o caso da Arantes Alimentos, Frigo Estrela. Passaram por dificuldades sim, mas estão apontando soluções e principalmente: estão de volta na atividade oferecendo a cara a tapa. Essas vão dar a volta por cima. E precisamos disso para bem do setor.
Sei que muito produtores estão revoltados e tem suas razões, mas não podemos esquecer que na crise o governo brasileiro investiu 35 bi em multinacionais automobilísticas que estavam nadando de braçadas em 2008. Quanto o governo investiu em nossas empresas nacionais (frigoríficos) que ajudaram o agronegócio brasileiro a contribuir com 43% do PIB naquele ano?
Além do mais, se essas empresas não tiverem apoio dos produtores e governos, umas vão unir com as outras e todo setor vai ficar nas mãos de dois ou três grupos. Isso será um desastre para o setor, do ponto de vista do produtor.
Pensem nisso.
Esse plano e de rir. uma vergonha.
neste caso fica claro o que? nada? os credores viraram socios? e receberão seus creditos como?
Sem comentários ne amigos .!!!!!!!! Vamos rirrrrrrr…..o povo brasileiro ta acostumado a levar (fumo)mesmo..!!!!! Vamos dar mais fluxo de caixa para eles mesmo!!!! Eu axo k bobos somos nois .!!!!!!!
Fraternal Abraço!!!!!
É preciso entender as razões para esta mudança, sabemos das dificuldades enfrentadas pelo grupo, agravada pela crise e pela falta de apoio do Governo para o setor Frigorífico. Espero firmemente o sucesso desta recuperação, resgatando assim, a tradição desta Empresa que teve sempre a sua politica voltada no crescimento e na honradez dos seus compromissos.
Devolver plantas onde? Em Nova Olinda -TO – a master boi ja assumiu. o de Xinguara – PA o frigor. xinguara ja tomou de volta. o de Colinas – TO vai ficar para o boi forte. E assim nos credores do margem vai fica dificil a saida é so uma ficar quieto e vendo os marginais fazendo festa em Rio Verde com nosso dinheiro.
O frigorifico Margem é o Tonico Toqueiro dos frigorificos, não adianta insistir com quem ja deu o golpe uma vez. É desperdiçar saliva. Parece brincadeira.
blá, blá,bla … o negocio é leilão , prisão dos donos e apreenção do patrimônio pessoal , investigação pra onde foi o dinheiro. E me pegar!!!!!!!!!!! Ai começarei achar que moro num país sério.
Devolver plantas??? Cezarina eles estao usando tem 2 anos e nao pagaram nehum centavo do arrendamento ate hje ……….isso e conversa para Boi dormir , si os credores aceitao isso estao jogando seus creditos ao vendo , ou seja estarao dando uma carta de quitação para eles.Sidere certo blza..mas si nao ….tgodo mundo sai abanando!!!! Como estao os credores atuais …..