Análise semanal – 31/03/04
31 de março de 2004
Resíduos de cervejaria na nutrição de bovinos de corte
2 de abril de 2004

Mato Grosso do Sul tem 98% do seu rebanho vacinado

O Estado do Mato Grosso do Sul apresentou em 2003, um crescimento de 7,94% no número de cabeças de gado, segundo a Secretaria de Estado da Produção e do Turismo. Foram contabilizadas 24.971.339 rezes no ano passado, contra 23.134.430, em 2002. O gado de corte representa 97% do rebanho e o leiteiro 3%, o mesmo percentual que em 2002. Os dados foram apurados junto à própria secretaria e à Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro – o órgão mantém essa sigla para sua denominação por ser conhecido assim há muito tempo e ter mudado de nome algumas vezes).

Segundo Tereza Kakazu, veterinária da área de Planejamento da agência, a alta poderia ter sido maior se não fosse o fato de que muitos proprietários de terra no Estado substituíram o gado pela agricultura.

O número de ruminantes apresentado pelo Iagro em 2002 não bate com o divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária de Desenvolvimento (Mapa) – 22.853.960. “É que os dados foram enviados ao Ministério em novembro e nós continuamos fazendo os registros das vacinas após isso”, explica a veterinária.

O fechamento de 2003 indicou que 98% do rebanho estadual tomou vacina contra a febre aftosa. O número é apurado por meio do registro dos animais vacinados, que é entregue pelo próprio pecuarista ao Iagro, após cada período de vacinação, que ocorre três vezes no ano (fevereiro, maio e novembro).

Segundo o secretário de Estado da Produção e do Turismo, José Antonio Felício, o número informado pelos criadores é confiável porque há uma lei estadual, de no 1953/99, que obriga o produtor ao comprar vacinas que “vá a um escritório do Iagro e informe quantas doses de vacina comprou, para quantos bovinos, além de dados como idade de cada animal”, informa o secretário. Ainda segundo Felício, o pecuarista que não faz isso fica impossibilitado de tirar a Guia de Trânsito Animal (GTA) e conseqüentemente não consegue movimentar seu gado.

Os dados são computados em cada um dos 76 escritórios e três postos avançados (bases localizadas em distritos do Estado), por meio de softwares específicos para a finalidade, que têm um banco de dados centralizado.

De acordo com o órgão, os bovinos estão espalhados em 57.332 propriedades rurais. As informações prestadas pelo secretário sobre esse número são baseadas em levantamentos do IBGE e do Incra. “Esses dados não são levantados pelo Estado, porque não temos condições humanas de fazê-lo”, justifica. Felício explica que em alguns pontos do Estado ocorrem a contagem física do rebanho in loco por servidores do Iagro, “mas são regiões de maior risco, como áreas ocupadas ou fronteiriças”.

Segundo o secretário todo o processo de vacinação, fiscalização e apuração dos dados envolve “direta ou indiretamente todos os 558 servidores do Iagro”. Felício, porém, não soube precisar o número ou o percentual exato das pessoas que trabalham no levantamento do número de cabeças de gado do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Paulo Roberto Brino Mattus da Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.