O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu, nesta terça-feira 06/11, a condição de área livre de febre aftosa com vacinação ao Mato Grosso do Sul, que desde 2005 estava impedido de comercializar animais e seus produtos para outras regiões do Brasil e o exterior. O novo status sanitário suspende as restrições impostas ao trânsito e comércio de animais e produtos de risco e vai contribuir para que o estado possa retomar as exportações.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 68,34/@, alta de R$ 0,61. Já o indicador a prazo teve alta de R$ 0,60 e ultrapassou os R$ 69,00, sendo cotado a R$ 69,12/@. A BM&F, fechou com altas em todos os vencimentos. Novembro/07 teve valorização de R$ 0,91, fechando a R$ 69,38/@, com 2.557 contratos negociados e 12.744 contratos em aberto. Os contratos com vencimento para dezembro/07 fecharam a R$ 67,82/@, alta de R$ 0,66 e janeiro/08 teve variação positiva de R$ 0,34, fechando a R$ 65,55/@.
Segundo o broker de mercado Rodrigo Brolo, “o mercado futuro opera em pleno movimento de alta. Sem ofertas vultuosas no mercado físico, o boi já começa a ser negociado a R$ 70,00/@ livre de funrural ou mesmo à vista para descontar. E a perspectiva para as próximas semanas continua sendo de mais altas, já que os maiores frigoríficos da praça paulista estão com escala para 2 ou 3 dias úteis e mesmo a preços mais altos não conseguem alongar escalas. O traseiro já está sendo vendido a R$ 5,50/kg e o dianteiro a R$ 3,50/kg, dando suporte a maiores altas”.
Tabela 1. Fechamento do mercado futuro em 06/11/2007
José Leonardo Montes, leitor do BeefPoint, de Quirinópolis/GO, nos enviou comentário sobre a falta de animais no mercado. “Esse é só o começo do que a gente já previa há tempos, pois estão confinando cada dia mais bois de 2 anos e com isso não teremos oferta após o fim dos confinamentos. Com isso o mercado vai ficar firme o que não acontece há anos no Brasil, e os frigoríficos vão amargar a falta de bois para abate, pois a seca se prolongou e foram abatidos bois que estariam prontos em novembro e dezembro. Com isso não temos matéria prima”, comenta Montes.
Tabela 2. Resumo das cotações do mercado físico do boi gordo em 06/11/2007
No atacado, a carne voltou a subir. Todos os cortes primários tiveram valorização de R$ 0,10, com o traseiro sendo negociados a R$ 5,50, dianteiro a R$ 3,50 e ponta de agulha a R$ 3,20. Ficando o equivalente físico em R$ 66,32/@. Com o aumento dos preços da carne bovina no atacado, o spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente físico diminuiu novamente, ficando em R$ 2,03/@. Quanto menor o spread, maior a margem do frigorífico.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
André Camargo, Equipe BeefPoint
Como está o mercado do boi gordo, vaca gorda e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?
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Bom dia André, aqui na região noroeste de MT a situação não é diferente de outras regiões do país, a falta de gado gordo é muito grande e as chuvas aqui demoraram muito a chegar, como aqui não temos confinamentos as industrias padecem ainda mais, com isso já temos notícias de negócios a R$ 58,00 a vista do boi gordo para descontar os impostos.
A reposição de machos continua aquecida também, com muitos compradores e pouca oferta, acreditamos que vamos ter altas ainda maiores nos próximos dias. Quanto as fêmeas para reposição,também aumentou muito a procura e com isso os preços tem se elevado, em alguns leilões vimos fêmeas de 24 meses, sair por R$450,00, R$ 500,00 ou mais, lembrando que nestes valores ainda se acrescenta a comissão que gira em torno de 8%.
Arnaldo de CAMPOS, pecuarista e presidente do sindicato rural de Cotriguaçu-MT.
Acredito que o mercado do boi tende a se sustentar neste patamar ou até elevar ainda mais um pouco devido a pouca oferta de animais prontos, mas assim que as pastagens se recuperarem, que eu acho que não vai demorar muito, a oferta vai se estabilizar e os preços tenderão a cair. Mas não uma caída acentuada como nós tivemos tempos atrás, pois agora o rebanho bovino está mas reduzido nas principais praças produtoras de carne, devido a grande matança de matrizes e secundariamente ao aumento de plantio de cana, milho, soja e eucalipto, que cresceram bastante nestes últimos tempos em determinadas regiões.