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Mercosul se queixa de proposta dos europeus

Mercosur foreign ministers Susana Malcorra (2nd-R) of Argentina, Aloysio Nunes (2-L) of Brazil, Eladio Loizaga (L) of Paraguay, and Rodolfo Nin Novoa (R) of Uruguay give a press conference on the crisis in Venezuela at the foreign ministry building in Buenos Aires, on April 1, 2017. Members of South America's Mercosur bloc urged Venezuela on Saturday to guarantee the separation of powers and ensure timely elections, after its government was condemned over moves to seize power from the legislature. / AFP PHOTO / EITAN ABRAMOVICH

A “falta de equilíbrio” da proposta europeia é a razão para a mudança de tom e a frustração das autoridades sul-americanas sobre a perspectiva de assinatura do pré-acordo para criação de uma área de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Sul-americanos, porém, também têm um tema bastante sensível: o prazo para abertura do mercado para industrializados da Europa.

Fonte que acompanha as negociações do lado sul-americano disse que as reuniões para a criação da área de livre comércio esbarraram na falta de movimento dos europeus, que não trouxeram novos números para a mesa na Argentina. A prometida proposta melhorada para carne e etanol ainda pode, em tese, ser apresentada em Buenos Aires, mas negociadores praticamente já descartam a hipótese.

Outro ponto de discórdia é o chamado “grau de cobertura e liberação do mercado” sul-americano para as mercadorias europeias. Isso acontece porque os blocos comerciais têm a possibilidade de proteger uma parcela da economia contra o livre comércio. Ou seja, manter tarifas de importação para evitar a concorrência de produtos estrangeiros em setores considerados mais sensíveis.

Bruxelas insiste que 90% do fluxo de comércio entre o Mercosul e União Europeia tenha tarifa zero. Nas últimas semanas, o bloco sul-americano elevou a proposta aos europeus e aumentou o alcance do livre comércio de 87% para 89% do fluxo entre os dois blocos, mas Bruxelas acha pouco. O Mercosul já mapeou alguns produtos que poderiam ser incluídos para alcançar os 90%, mas há resistência dos países – como a Argentina que é contra incluir o azeite de oliva no acordo, já que o país é grande produtor.

Outro ponto de discórdia é o período para que os produtos passem a ter tarifa zero. A Europa quer o prazo mais rápido possível, mas os sul-americanos tentam alongar o calendário para dar mais tempo às suas indústrias para se preparar para a concorrência com produtos alemães, franceses ou italianos que passariam a entrar com tarifa zero de importação no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Na média, a Europa pede prazo limite de 10 anos para chegar à tarifa zero, mas o Mercosul pede 15 anos.

Fonte: Estadão, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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