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MG: FAEMG recomenda retenção de boi

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) orienta os pecuaristas mineiros a reterem o boi no pasto, visando promover um ajuste na oferta de gado. A FAEMG acata recomendação do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O Fórum reage à ação dos frigoríficos de definir conjuntamente regras para a compra de boi, sem consultar os criadores, nivelando para baixo os preços de comercialização.

“A retenção de gado é uma atitude perfeitamente legítima para equilibrar o mercado, já que a oferta é grande e os frigoríficos estão pagando preços seguidamente decrescentes aos seus fornecedores, enquanto os valores unitários das exportações estão crescentes”, ressalta o presidente da FAEMG, Gilman Viana Rodrigues. Segundo ele, a CNA já reuniu uma farta documentação que comprova essa prática dos frigoríficos e deve encaminhar denúncia aos órgãos de defesa de concorrência contra a cartelização.

“A distribuição de tabelas de valores iguais a serem pagas aos fornecedores de gado para abate, expedidas por diferentes frigoríficos para todas as regiões do país, indica claramente um procedimento de cartel”, sublinha Gilman Viana. Assim, ele ressalta que a retenção é um desafio para o setor pecuário brasileiro mostrar o seu poder de articulação e organização.

Para Gilman Viana, não se justifica a ação dos frigoríficos, já que a oferta é boa, as exportações vêm crescendo e os preços internacionais estão satisfatórios. Em 2005, o Brasil deve ser, pelo terceiro ano consecutivo, o maior exportador mundial de carne bovina. O país exportou, no ano passado, 1,854 milhão de toneladas, com receita de US$ 2,457 bilhões.

Fonte: Assessoria de imprensa da FAEMG, adaptado por Equipe BeefPoint

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