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Minerva tem faturamento recorde no quarto trimestre de 2013, com crescimento de 19,3% sobre 4T12

O ambiente mundial favorável para os produtores de carne bovina baseados na América do Sul contribuiu para a Minerva Foods, a empresa registrou faturamento recorde no quarto trimestre de 2013.

O ambiente mundial favorável para os produtores de carne bovina baseados na América do Sul contribuiu para a Minerva Foods, a empresa registrou faturamento recorde no quarto trimestre de 2013. A companhia registrou R$ 1,534 bilhão em receita bruta no período, valor 19,3% superior ao verificado em igual período de 2012. No ano, a Minerva teve um faturamento bruto de R$ 5,793 bilhões, resultado superior em 24,4% ao verificado em 2012.

Para o diretor-presidente da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz, o cenário mundial positivo favoreceu a estratégia adotada pela companhia de acreditar nas vantagens competitivas em produzir na América do Sul. “Ao longo da nossa história, a Minerva investiu na diversificação geográfica de suas unidades industriais, na excelência da produção e distribuição, e na utilização de instrumentos de gestão de risco, para crescer de maneira consistente e possibilitar assim, uma maior flexibilidade de suas estratégias comerciais”, afirma.

As vendas para o mercado externo foram responsáveis por aproximadamente 70% do faturamento total da companhia, como resultado da crescente demanda e menor oferta de carne no mercado internacional.

Outro ponto de grande destaque no resultado do quarto trimestre de 2013 foi a geração de caixa livre positivo de R$ 142,3 milhões. Além disso, o índice de alavancagem financeira no 4T13, medido pela dívida líquida/Ebtida, caiu para 3,3x, sendo que a posição de caixa em 31/12/2013 era de R$ 1,6 bilhão, cerca de três vezes superior aos vencimentos de curto prazo. Ebitda

O Ebitda do 4T13 foi de R$ 153,3 milhões, 26% maior do que o 4T12, com margem Ebtida  de 10,6%. Em 2013, o Ebitda foi de R$ 551,4 milhões, sendo que a margem Ebitda  foi de 10,1% no período.

“Aprimoramos nossa estrutura de capital através da gestão de passivos, para nos posicionarmos de maneira privilegiada e extrair valor deste cenário extremamente favorável. Além disso, vale destacar que em 2013, enquanto o abate subiu 11% em relação ao ano anterior, impulsionado pela forte demanda de proteína vermelha tanto no mercado interno, quanto externo, o preço da arroba subiu 8%, o que demonstra a maior oferta de gado, resultado da continuidade do ciclo favorável da pecuária para a indústria”, explica Galletti de Queiroz.

De acordo com o diretor-presidente da Minerva Foods, 2013 foi um marco para a empresa, pois além da parceria estratégica e de longo prazo com a BRF anunciada em novembro, o IFC, braço de investimentos do Banco Mundial, adquiriu aproximadamente 3% do capital da Minerva, além de celebrar um acordo de financiamento de longo prazo.

Prejuízo

A Minerva registrou no 4Q13 um prejuízo líquido de R$ 124,6 milhões, comparado ao resultado líquido negativo de R$ 21,8 milhões no 4Q12. Fernando Galletti de Queiroz, , presidente da empresa, disse que o resultado reflete a variação cambial no período e o efeito do ajuste para baixo do “valor justo” dos ativos da companhia – ambos os fatores com efeito nulo sobre o caixa. No acumulado de 2013, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 314,3 milhões, ante perda de R$ 198,8 milhões no ano anterior.

Galletti calculou que, se não fosse a variação cambial, a empresa teria tido um lucro líquido de R$ 90 milhões. A valorização de 5% do dólar no período gerou um acréscimo (contábil) de R$ 130 milhões no endividamento da empresa, que é 70% atrelado à variação da moeda estrangeira.

Investimentos

Galletti confirmou que a empresa investirá R$ 150 milhões em 2014, sendo R$ 100 milhões em manutenção e o restante, em expansão. Ele destacou que a diversificação no Brasil terminou, e que o foco de expansão da companhia está em outros países da América do Sul. A empresa já abriu uma subsidiária no Chile para distribuição de produtos e uma base de exportação de gado vivo a partir da Colômbia. “Agora, queremos adicionar capacidade de abate no Paraguai e no Uruguai”, disse Galletti, sem especificar quando isso deve acontecer.

No Brasil, a Minerva fez aquisição de três plantas no Brasil nos últimos meses – duas da BRF e uma da massa falida do frigorífico Kaiowa. Com esses três ativos, a Minerva deve elevar sua capacidade diária de abate de bovinos no país para 15,4 mil cabeças, ante as 11,4 mil atuais.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem até o fim do ano para aprovar a incorporação das fábricas da BRF. No mercado, a expectativa é que o parecer do conselho seja dado até meados deste ano.

Fonte: Minerva Foods e jornal Valor, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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