“Somente na última segunda-feira recebi solicitação oficial de informações sobre as importações para o estado”, quem faz a denúncia é o diretor de vigilância da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Adelino Renuncio, ele decidiu fazer por conta própria o trabalho na semana anterior, sob o impacto do boicote. Neste rastreamento são checadas informações do nascimento à morte do animal, o acompanhamento é feito a partir de visitas de campo.
Como o Ministério da Agricultura demorou a fazer o pedido de rastreamento do gado importado, muitas associações encontram dificuldade em averiguar o motivo da morte do animal. Segundo Andrea Ortenzi, superintendente técnica da entidade informações gerais sobre as importações em nome da Confederação Nacional da Agricultura, ‘muitos criadores não comunicam a morte do animal’, afirma. Em relação à causa da morte, nem 1% dos pecuaristas se preocupa em informá-la. Isto teria levado o governo a tentar uma solução por meio de instrução normativa editada ontem.
“Poderíamos ter feito isso no ano passado caso o Ministério tivesse solicitado”, afirma Renúncio. O serviço sanitário catarinense tem 200 veterinários para 293 municípios.
(Por José Alberto Gonçalves, para Gazeta Mercantil, 15/02/01)