Ministério decide nesta semana sobre volta da vacinação

O Ministério da Agricultura deve decidir nesta semana sobre a volta da vacinação contra a febre aftosa nos rebanhos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A ação de emergência dependerá da evolução do vírus no Uruguai. A estrutura já está montada, e a vacinação pode ocorrer mesmo antes da reunião do Circuito Pecuário Sul, de 9 a 10 de maio.

Nesta quarta, o ministro Marcus Vinicíus Pratini de Moraes estará reunido com os ministros da Agricultura do Mercosul para traçar um plano conjunto para combater a aftosa, constatada nos rebanhos da Argentina, do Uruguai e do Paraguai. O ministério doará 1 milhão de vacinas para o Uruguai. A imunização, que era realizada apenas a um raio de 10 quilômetros dos focos, foi ampliada para todos os departamentos próximos às zonas afetadas.
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) reúne seus associados, hoje, para novamente discutir a situação do rebanho. A entidade havia decidido, em votação, pela não vacinação do rebanho. Agora, com a chegada do vírus no Uruguai, há forte pressão dos pecutaristas em sentido contrário.

Há cerca de 100 milhões de vacinas em estoque. Os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina deixaram de imunizar o rebanho há um ano. Segundo o chefe da Divisão de Febre Aftosa do ministério, Jamil Gomes de Souza, o Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) estuda a caracterização do vírus A, o mesmo encontrado no Uruguai. A vacina brasileira é para os tipos O, A e C.

fonte: Zero Hora (por Carolina Bahia) e Gazeta Mercantil (por Luiz Guimarães), adaptado por Equipe BeefPoint