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6 de março de 2009MT: Grupo Redenção pede recuperação judicial
Diante da crise financeira internacional, que vem criando dificuldades para as todos os setores da economia e enfrentando uma conjuntura adserva desde setembro do ano passado, Grupo Redenção - que atua no segmento de carnes entrou com pedido de recuperação judicial.
Diante da crise financeira internacional, que vem criando dificuldades para as todos os setores da economia, e enfrentando uma conjuntura adserva desde setembro do ano passado, mais uma empresa brasileira que atua no segmento de carnes entrou com pedido de recuperação judicial.
O Grupo Redenção (conhecido também como o Grupo Bihl), representado pelo escritório Emerenciano, Baggio e Associados, entrou com um pedido de recuperação conjunto para suas nove companhias controladas (Agropecuária Malp Administração e Participações, Curtume Araputanga, Curtume Jangadas, Frigorífico Araputanga, Frigorífico Redentor, Redenção – Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Couros, Agropecuária Serra Azul, Curitiba Agropecuária Indústria e Comércio e J.P.M.B. Indústria e Comércio).
As dívidas totais do grupo somam cerca de R$ 60 milhões, ante um faturamento conjunto que alcançou cerca de R$ 100 milhões no ano passado (60% proveniente de exportações), já abaixo dos R$ 150 milhões apurados em 2007. Emerenciano afirma que de todas as operações do grupo, sempre ligadas à carne bovina, a principal atualmente envolve os curtumes. São duas unidades nesta frente, localizadas nos municípios de Jangadas e Araputanga, em Mato Grosso.
O pedido foi apresentado na Vara Especializada em Recuperação Judicial de Cuiabá e ainda não foi deferido. Se isso acontecer, o grupo terá 60 dias, a partir do deferimento, para apresentar o plano de recuperação aos credores. Cerca de 60% das dívidas totais são com instituições financeiras, sempre de acordo com o advogado que representa o Grupo Redenção no processo.
Emerenciano destaca que nem todos os problemas enfrentados pelo conglomerado nasceram com a crise recente. No caso do Frigorífico Araputanga, uma das nove empresas controladas, está em discussão na Justiça um impasse que se seguiu ao arrendamento da unidade no município ao JBS-Friboi, em 2001. A disputa entre o JBS e o Redenção (na época o frigorífico em questão era chamado de Frigoara) se arrasta desde 2002. Na briga pelo controle da unidade, afirma Emerenciano, o Grupo Redenção pleiteia o pagamento de R$ 150 milhões.
Procurado, o JBS preferiu não se manifestar. Esta disputa judicial veio à tona após suspeitas – não comprovadas – de que o conglomerado teria cometido fraude na obtenção de recursos da Sudam para seus planos de expansão.
A matéria é de Fernando Lopes, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Há anos convivemos com as informações contraditórias dessa pendenga entre o JBS e o Redenção: ora o grupo Redenção não tem mais nenhuma chance de reaver sua planta, ora que o JBS perdeu em mais uma instância e que o retorno da mesma ao Redenção é questão de tempo.
Aos responsáveis em produzir e fornecer toda a matéria prima que abastece a ambos, resta aguardar o desfecho judicial sem sequer ter a certeza do que seria melhor: Ter o Friboi que, ainda, se apresenta como uma empresa consolidada ou o Redenção que, teoricamente, contribuiria para melhorar a concorrência na região, já que o Friboi também opera a planta da vizinha Cáceres.
É pelo que está sinalizando o mercado se as Grandes redes de varejo não baixarem suas margens de lucro para socorrer os frigorificos, vai ser muito dificil o mercado se firmar.
Pois as redes de varejos que tem a obrigação de ajudar os frigorificos são as que mais estão atrapalhando o mercado, querem comprar barato e não repassam os preços para o consumidor final.
Compram contra filet e Alcatra com maminha aR$ 8,00 e vendem a R$ 16,99, assim não é possivel, quero ver se não tiver mais frigorificos para manter o abastecimento deles como vai ficar.
Os frigorificos já ajudaram essas redes demais da conta, hoje todos os frigorificos estão com dificuldade de pegar dinheiro em bancos e ficam financiando redes varegistas vendendo a preços que não fecham a conta do Boi e com prazos de 30 dias em media sendo que as redes ganham ensima dessa carne cerca de 80% e as vendas são praticamente a vista.
Quero ver qual frigorifico que irá aguentar enquanto representante de pecuaria, representante de frigorifico e representante de rede de varejo não sentarem na mesma mesa para se acertar vai ser miuto dificil.
Temos que penar que tem frigorificos que tem o mesmo numero de funcionario ou até maior que muitas montadoras de automovel.
Estava numa rede esse final de semana onde estavam vendendo contra e alcatra com maminha a R$ 16,99, cerca de 05 dona de casa estavam reclamando do preço, o gerente veio querendo crescer e falou que a culpa disso e dos pecuaristas e dos frigorificos que não deixam margem para eles trabalharem.
Fiquei muito irritado quando ouvi isso, fui logo perto dele e pedi que se ele fosse honesto, um sujeito transparente e homem que fosse lá dentro e pegasse a NF de compra do produto citado para provar realmente que era o frigorifico que estava passando carne cara para ele, pois eu já sabia que ele tinha comprado essa mercadoria a R$ 7,80 com prazo de 30 dias. Ele se enrolou todo e fugiu dali daquele bate papo, depois de mais ou menos 1 hora encontrei ele de novo, e falei porque você se acovardou, ele disse por causa de mim ele quase perde o emprego se ele mostrasse a NF do produto que tinha comprado todos iriam saber que estaria ganhando 115% naquele produto, eu disse que covardia então é essa de voces jogarem a culpa em frigorifico e pecuarista.
Agora eu pergunto a voces do BeefPoint o Brasileiro não gosta de comer carne?
Se as redes de varejos diminuisssem a margem de lucro não teria mais consumo?
Se tivesse mais consumo o socorro aos Frigorificos não viriam rapidamente?
A carne dentro de qualquer estabelecimento não é mais a curva A?
As proprias redes que dependem diretamente dos frigorificos estão acabando com o setor.
Mastodos tem que denunciar para ver se chega em algum lugar para que se possa tomar alguma providencia.
Se ficarmos quietos não irá acontecer nada.