Uma nova geração de açougueiros de várias nacionalidades, batizada de Estados Unidos de la Carne, surge empenhada em resgatar esse ofício de açougueiro soterrado pela pululação de supermercados a vender carnes de “animais padronizados, de raças mais produtivas, criados em métodos fabris”. O movimento pode ser entendido como uma volta às origens, na qual o homem tinha mais controle – e conhecimento – sobre o caminho que a matéria-prima fazia do campo ao prato, obscurecido pela indústria alimentar.
Os açougueiros Ariel Argomaniz, Jefferson Rueda, Dario Cecchini, Diego Sosa e Renzo Garibaldi
Para o líder do grupo, o italiano Dario Cecchini, considerado o mais famoso carniceiro do mundo e cuja família está no ofício há 250 anos, a essência de seu trabalho está no respeito pelos animais. “Aprendi três coisas com o Dario. Para aproveitar o animal inteiro, o negócio precisa ser um triângulo (açougue, restaurante e hamburgueria). Dois: tem que proporcionar um show, é mais do que comer. Três: é preciso ter amor ao que se faz, tem que gostar da sua carne”, diz o peruano, Renzo Garibaldi.
Sob sua tutela, esses jovens açougueiros cozinharão juntos n’A Casa do Porco, de Jefferson Rueda, o integrante brasileiro do grupo, no jantar da próxima terça-feira (24). O menu de nove etapas custará R$ 560, sem bebida alcoólica.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.