A B3 informou hoje que uma nova metodologia para os contratos futuros de boi gordo entrará em vigor em 2 de janeiro de 2020. A mudança ocorre após forte pressão de pecuaristas, fundos de investimento e corretoras especializadas em commodities.
De maneira geral, os críticos argumentavam que a metodologia de captação dos preços que balizam os contratos futuros de boi gordo vinha provocando distorções nos preços do gado. Por vezes, a diferença entre o mercado físico e o futuro era de R$ 8 por arroba.
A captação dos preços do boi gordo no Estado de São Paulo — referência para os contratos futuros — é de responsabilidade do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
Na avaliação dos críticos, a metodologia era uma das responsáveis pela expressiva redução do número de contratos negociados. O mercado futuro de boi, que já chegou a movimentar quase R$ 50 bilhões por ano no auge, diminuiu para menos de R$ 15 bilhões.
Em entrevista ao Valor em agosto, o diretor de produtos de balcão, commodities e novos negócios da B3, Fábio Zenaro, adiantou as mudanças que a bolsa faria no indicador.
Na ocasião, Zenaro informou que o Cepea passará a ponderar o indicador pelo volume de bois e também incluirá na amostra os frigoríficos que são inspecionados pelo Estado de São Paulo, e não apenas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), como é atualmente.
Fonte: Valor Econômico.
1 Comment
PORQUE OS PREÇOS NAO PODEM SER BASEADO NA PRAÇA DO CENTROESTE
POR SER O MAIOR REBANHO OU SEJA TAMBEM O MAIOR MERCADO