Os principais participantes da Rodada de Doha irão se reunir em Genebra, dia 29/06, para tentar encontrar, com atraso, um acordo sobre o marco detalhado das negociações dos capítulos-chave da questão: a agricultura e as tarifas sobre importações industriais.
A União Européia espera convencer os EUA a flexibilizarem sua posição na OMC, com o objetivo de conseguir o término da Rodada de Doha.
Dia 15 último, Bush afirmou que os EUA estão dispostos a adotar “decisões duras” em relação aos europeus e aos países emergentes que formam o G-20. “O problema dos Estados Unidos é que eles estão querendo pagar muito pouco pelo que esperam receber em troca, e eles precisam mudar para desbloquear o acordo”, disse o comissário europeu para o comércio, Peter Mandelson.
Os americanos sugerem reduzir drasticamente suas tarifas agrícolas, mas querem manter o seu grande volume de subsídios aos seus agricultores, o que é inaceitável para o G-20 e para a UE. Segundo Mandelson, para haver progresso nas negociações “as economias emergentes precisam fazer ofertas realistas e eficazes para reduzir a taxação sobre os produtos industriais. Mas vamos esperar os Estados Unidos e a União Européia fazerem ofertas mais apropriadas quanto aos produtos agrícolas”.
Sobre a redução das tarifas agrícolas e quanto ao volume e à escolha dos produtos sensíveis que seriam parcialmente isentos, a UE estaria disposta a se aproximar dos números apresentados pelo G-20, segundo fontes européias, desde que haja avanços reais na questão das tarifas industriais e dos serviços. “Mas é preciso saber se os americanos estão dispostos a negociar ou se continuarão insistindo no ‘pegar ou largar’ “, comentou uma fonte da OMC.
A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, com informações da France Presse.