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Os consumidores estão dispostos a pagar pela carne bovina se a experiência de consumo justificar o preço – mas por quanto tempo?

Não é segredo que fornecer aos consumidores uma experiência de consumo prazerosa a preços atraentes é o centro da proposição de valor da carne bovina. Nos últimos cinco anos, à medida que o preço da carne aumentou, os consumidores decidiram pagar mais, pagando preços premium para obter alguns tipos de experiências de consumo que já estavam acostumados a ter nos Estados Unidos.

De fato, “os consumidores de hoje, direcionados pela qualidade, parecem dispostos a pagar mais pela carne bovina enquanto a experiência de consumo justificar o preço”, de acordo com Daryl Tatum, professor de segurança e qualidade de carnes da Universidade do Estado do Colorado, que recentemente divulgou uma análise sobre como a indústria de carne bovina está suprindo as demandas dos consumidores americanos.

Ainda, um dos maiores desafios da indústria tem sido ser consistente em comunicar o valor dos atributos mais importantes aos consumidores – especialmente o sabor, que não pode ser avaliado até que o produto seja comprado.

“Como sabor, suculência e maciez da carne bovina não pode ser de fato determinada e verificada de antemão, a indústria de carne bovina tem sido forçada a depender de outras abordagens indiretas para avaliar os atributos sensoriais da carne bovina e transmitir sinais de mercado que reflitam as diferenças no desempenho e no valor dos produtos de setor a setor entre os consumidores e os produtores de bovinos”, disse Tatum no trabalho, “Recent Trends: Beef Quality, Value e Price”.

Nos Estados Unidos, esses atributos de sabor são comunicados através de sinais de preços associados com graus de qualidade do USDA, mas a avaliação mais ampla do sistema de classificação dos Estados Unidos tem mais de 35 anos.

Esses resultados preveem o sabor, a maciez e outras características de palatabilidade de um filé de lombo com 30% a 38% de precisão. “Com o tempo, entretanto, as modificações dos padrões de classificação do USDA, mudanças nas preferencias dos consumidores e (ou) mudanças na produção de bovinos e nos sistemas de comercialização de carne bovina precisam de reavaliação periódica da eficácia no sistema de classificação de qualidade”, disse Tatum.

Porém, um sistema mais recente – e mais complicado – de classificação do que o do USDA é uma promessa na Europa e em outros locais, de acordo com os proponentes do sistema de classificação Meat Standards Australia (MSA) do Meat and Livestock Australia (MLA). Pelo sistema australiano, o nível de qualidade de qualquer dado músculo é previsto através de métodos variados de cozimento (como grelhar, assar ou fritar).

O sistema está sob consideração para uso na Polônia e na França e usa informações como implantes ou uso de beta-agonista, tempo em engorda, tipo de alimentos, raça ou tipo biológico do animal, gênero ou até mesmo seleção genética, antes de caracterizar vários músculos em diferentes resultados de palatabilidade após a maturação.

A Austrália exportou 74% de sua carne, produzida por um rebanho de 26,5 milhões de cabeças em 2014 – com os Estados Unidos sendo seu maior mercado, seguido por Japão e Coreia. “Para direcionar o produto australiano, a qualidade de consumo é muito importante. Apenas precisamos classificar mais animais”, disse o gerente regional da Europa e da Rússia para o MLA, Michael Crowley. O modelo é flexível o suficiente para mudar para cumprir com a oferta sazonal de gados ou pela mudança na base de consumidores, disse ele. “Tornar esse programa global, é para onde a próxima fase de crescimento irá”.

De acordo com o Consumer Beef Index de março de 2015, 73% dos consumidores americanos acreditam que os bifes oferecidos no varejo “têm preços justos” ou “são caros, mas valem o preço”.

Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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