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PA: lideranças sugerem restringir oferta de animais

As lideranças rurais no Pará estão orientando os pecuaristas a suspender as vendas ou simplesmente restringir ao máximo a disponibilidade de gado para os frigoríficos do Estado. A estratégia é uma resposta à forte queda nos preços do boi gordo na última semana, desde que foi divulgada a ação do Ministério Público Federal contra 21 fazendas e a recomendação para que frigoríficos e varejistas selecionem melhor seus fornecedores.

As lideranças rurais no Pará estão orientando os pecuaristas a suspender as vendas ou simplesmente restringir ao máximo a disponibilidade de gado para os frigoríficos do Estado. A estratégia é uma resposta à forte queda nos preços do boi gordo na última semana, desde que foi divulgada a ação do Ministério Público Federal contra 21 fazendas e a recomendação para que frigoríficos e varejistas selecionem melhor seus fornecedores.

Segundo cálculos da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa), nos últimos sete dias a arroba do boi gordo que valia R$ 71,00 passou a ser negociada a R$ 61,00, acumulando uma desvalorização superior a 14%.

“Estamos recomendando que os pecuaristas mantenham o gado no pasto. Como não temos problemas comuns da entressafra é possível deixar os animais nas fazendas, sem que haja perda de peso e prejuízos aos produtores”, afirma Carlos Xavier, presidente da Faepa. A recomendação de não vender ao gado é uma resposta à queda dos preços da arroba, mas também está relacionado com a manutenção dos preços no atacado. Segundo Xavier, algum elo da cadeia está se beneficiando da retração dos preços da arroba, já que não existe repasse dessa queda para o consumidor. “As fazendas embargadas pelo Ministério Público possuem 200 mil cabeças, o que representa 1% do rebanho estadual. Não é possível que os outros 99% sejam prejudicados por conta dessa ação do MPF”, disse Xavier.

Do ponto de vista técnico, o consultor José Vicente Ferraz, diretor da AgraFNP diz que é possível manter o gado no pasto por algum tempo, já que o Pará não tem sofrido problemas de estiagem e as chuvas mantêm as condições favoráveis para a alimentação do gado. Ele observa que no curto prazo a restrição da oferta impulsiona os preços, mas como em determinado momento os animais precisarão ser vendidos, o aumento da disponibilidade irá pressionar as cotações.

Para o consultor, o prejuízo maior da ação do MPF é à imagem do gado do Pará. “Depois dessa ação, vai ser difícil separar os animais que estão em áreas legais de áreas ilegais. Querem fazer com que o frigorífico seja o agente fiscalizador, quando essa é uma responsabilidade do Estado”, afirma Ferraz. Para ele, não está descartada a possibilidade de a pecuária do Pará ficar inviabilizada por conta do veto aos animais do Estado. “Cerca de 9% do rebanho nacional está lá (Pará). Inviabilizar essa atividade vai representar um grande impacto social e econômico se as coisas continuarem do jeito que estão”, afirma Ferraz

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Fábio Talayer Torres disse:

    Acho essa ação dos produtores muito tímida em vista do grande problema que se criou diante das medidas do MPF. O Governador do Estado e demais autoridades junto com os produtores deveriam erguer-se tomando partido desta situação vergonhosa não só para o Pará mas como para todas as regiões pertencentes ao bioma amazônico. O que estão fazendo com os produtores destas regiões é cruel e ultrajante tendo em vista que o MPF está tomando decisõem em cima de relatórios duvidosos do Greenpeace. Nosso país virou a casa de mãe Joana e o Minc é o caseiro.

  2. Orlando Sanches Garcia Filho disse:

    Parabens fabio,isto esta virando un circo,como pode un greenpeace,vir aqui e ditar ordens,cade ,a governadora as demais autoridades deste estado,querem acabar com o Para,tem dedo la de fora pode acreditar,temos que parar de ser carneiros,vamos gritar moçada…

  3. Paulo Cesar Bassan Goncalves disse:

    Esta sugestão de redução das vendas na região é tímida. O que acontece no Pará atinge a toda a cadeia da carne brasileira, de forma direta ou indireta. Sugiro a paralização das vendas de bovinos em todo o Brasil por cinco dias como forma de protesto pela moralização do setor.

  4. JOSE MARCIO VELOSO DE ARAUJO disse:

    Absurdo!!!
    é facil de resolver toda essa questão…onde produtores rurais sendo uma das classes de importancia para esse país, da mesma forma que estão sacrificando o produtor, será que não chegou a hora de todos produtores rurais, pecuarista e agricultores, dar morátoria na nossa produção ? o q aconteceria se o pecuarista deixar de vender qualquer animal para o abate durante 120 dias e o agricultor deixar de plantar uma safra em todo o país ?
    Acreditamos que dessa forma, dura e crua, todos os setores desse país incluive os senhores feudais de Brasilia, sentiriam na pele o que é um país sem produção agricola, base de nossa balança comercial e materia prima para outros produtos.
    Analisem isso, senhores produtores.Afinal, Poduzir é PRESERVAR !

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