Federico París, presidente da Associação Braford Argentina (ABA), levantou queixas essa semana com relação ao prejuízo causado pelo aparecimento da febre aftosa aos produtores do país. Segundo ele, devido à enfermidade, “entre março e julho desse ano a pecuária argentina perdeu de exportar entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões.” Por isso, é necessário que o país trabalhe a fim de abrir os mercados externos para a carne argentina, que significam mais de US$ 500 milhões por ano.
París disse que é urgente que o setor pecuário da Argentina recupere sua credibilidade nos mercados internacionais de carne. Além disso, o presidente da ABA responsabilizou “as autoridades anteriores” – referindo-se a Antonio Berhongaray, que até o início do ano estava à frente da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA) do país – pela situação atual, pela sua política de “esconder os focos de aftosa que apareceram.”
Por outro lado, París disse que um dos problemas mais graves, na luta contra a aftosa, é a falta de vacinas. “Em muitos lugares a vacinação ainda não terminou, enquanto que a segunda campanha já está iniciando-se.”
Por fim, París criticou, assim como fizeram os demais produtores do país, as medidas impostas no final de junho pelo governo argentino, referente ao transporte de animais entre propriedades, com o objetivo de evitar a propagação da aftosa, o que impediu este ano, que muitas exposições pudessem contar com o gado bovino. Nesse sentido, denunciou que em muitas regiões do interior do país, com menos restrições sanitárias, onde estão aparecendo focos de aftosa, estão sendo realizadas exposições pecuárias.
fonte: Agriclipping, adaptado por Equipe BeefPoint