Fim da aftosa libera mais de 200 mil cabeças de gado em MS
17 de janeiro de 2001
Argentina faz campanha de carne bovina
19 de janeiro de 2001

Pecuaristas prevêem alta da arroba para R$ 42,00

Segundo reportagem de Jarbas Rodrigues Jr., publicada hoje no O Popular, os pecuaristas em Goiás estão otimistas e prevêem forte recuperação do mercado de carnes este ano. As projeções são de que a arroba do boi gordo alcance a cotação de R$ 42,00 a partir de junho próximo, por duas razões: aumento do consumo no mercado interno e das exportações, elevando a demanda pela carne bovina. O presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Maurício Faria, frisa que esse ano “será muito positivo para toda a cadeia pecuária do Estado e do País.”

O fato é que o mercado da carne bovina já está em recuperação desde o ano passado. De acordo com a Bolsa de Mercadorias de Goiás (BMG), a arroba do boi gordo iniciou 2000 cotada na média de R$ 36,33 e fechou em R$ 37,70. Na entressafra (período da seca), chegou a média de R$ 39,32 em outubro. Em algumas regiões do Estado, essa cotação passou dos R$ 42,00. Com a desvalorização do dólar no ano, o valor da arroba pela moeda norte-americana ficou estável, na casa dos US$ 19,50.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria Frigorífica de Goiás (Sindicarne), José Magno Pato, a recuperação da arroba em 2000 foi positiva para a pecuária. “Sem dúvida, 2001 será muito positivo para o setor”, acredita. Segundo ele, a média histórica da arroba do boi gordo na década de 90 é de US$ 15,00 a US$ 17,00 – preço pago ao pecuarista pelo frigorífico. Em 2000, chegou próximo dos US$ 20,00. Para este ano, com aumento previsto para as exportações e os problemas da Europa com a doença da vaca louca, as perspectivas são de valorização. “A cotação média em Goiás deverá ficar entre R$ 39,00 e R$ 42,00”, arrisca.

Maurício Faria também prevê arroba de até R$ 42,00 para o boi gordo em Goiás, a partir de junho próximo. Ele acredita que os períodos de bruscas oscilações nos preços, principalmente na entressafra, acabaram. “Os avanços genéticos e de produtividade estão garantindo uma oferta equilibrada durante todo o ano. O que deve recuperar o valor da arroba bovina é aumento do consumo no mercado interno, com a crescimento da economia e do poder aquisitivo do consumidor, e o incremento das exportações de carnes”.

Por Jarbas Rodrigues Jr., para O Popular/GO, 18/01/01

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress